Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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27/09/2016 18h34

Outubro Rosa: a import?ncia da preven??o

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<p> O Outubro Rosa chega para conscientizar e chamar aten&ccedil;&atilde;o para quest&otilde;es ligadas ao c&acirc;ncer de mama. At&eacute; o final de 2016, segundo o Instituto Nacional de C&acirc;ncer (INCA), ter&atilde;o surgido 57.960 mil novos casos e 14.388 mortes &ndash; dessas, 181 homens e 14.206 mulheres. Trata-se do segundo local do corpo mais atingido pela patologia, no pa&iacute;s e, apesar das frequentes campanhas alertando para a preven&ccedil;&atilde;o, a taxa de mortalidade ainda &eacute; alta, justamente, pela grande frequ&ecirc;ncia de diagn&oacute;sticos tardios.</p> <p> &ldquo;A maior parte das mulheres s&oacute; identifica a doen&ccedil;a quando ela j&aacute; est&aacute; em desenvolvimento, devido ao aparecimento de irregularidades na pele, sejam marcas, caro&ccedil;os nos seios e at&eacute; mesmo franzidos,&ldquo; pontua Miguel Torres, chefe do programa de tratamento da doen&ccedil;a na Radiocare. O radio-oncologista alerta que, muitas vezes, a enfermidade chega de forma silenciosa.</p> <p> Tabagismo, sedentarismo e obesidade s&atilde;o fatores de risco que contribuem para um aumento da incid&ecirc;ncia da enfermidade. &ldquo;Boa alimenta&ccedil;&atilde;o e pr&aacute;tica de exerc&iacute;cios f&iacute;sicos, diariamente, s&atilde;o bons parceiros na preven&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as, entre elas, o c&acirc;ncer de mama&rdquo;, afirma o radio-oncologista. Torres ressalta que homens tamb&eacute;m podem ser afetados pela doen&ccedil;a e, apesar de a incid&ecirc;ncia ser bem menor, n&atilde;o devem se esquecer da preven&ccedil;&atilde;o.</p> <p> <strong>Preven&ccedil;&atilde;o</strong></p> <p> M&aacute;rcia tinha 34 anos quando percebeu um n&oacute;dulo no seu seio direito ao fazer o autoexame. &Agrave; &eacute;poca, vivia um momento de realiza&ccedil;&atilde;o profissional e pessoal. Tinha acabado de assumir um novo cargo na empresa, curtia o casamento recente e sua filha de apenas dois anos. &ldquo;N&atilde;o podia ser nada&rdquo;, era o que imaginava. Ent&atilde;o, ao consultar um mastologista, se deparou com o diagn&oacute;stico: h&aacute; um carcinoma ductal invasor na mama direita, em linguagem simples, c&acirc;ncer de mama.</p> <p> Mesmo sem precedentes da doen&ccedil;a na fam&iacute;lia e com perfil fora do grupo de risco, M&aacute;rcia sempre fazia o autoexame, o que foi fundamental em seu caso. Selmo Geber, professor titular do Departamento de Ginecologia e Obstetr&iacute;cia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ressalta a import&acirc;ncia da detec&ccedil;&atilde;o precoce do c&acirc;ncer de mama. &quot;&Eacute; essencial que as mulheres fa&ccedil;am exames preventivos periodicamente, tanto para detectar o c&acirc;ncer de mama como outros tipos da doen&ccedil;a, como o c&acirc;ncer de c&oacute;lo de &uacute;tero&rdquo;, lembra o m&eacute;dico.&nbsp;</p> <p> Contudo, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, em Minas Gerais, apenas 62% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram o exame preventivo nos &uacute;ltimos dois anos.</p> <p> <strong>Tratamento</strong></p> <p> O tratamento varia de acordo com a gravidade da doen&ccedil;a e das condi&ccedil;&otilde;es biol&oacute;gicas do paciente. O primeiro passo &eacute; fazer o diagn&oacute;stico completo com an&aacute;lises cl&iacute;nicas e biopsia para descobrir se o tumor &eacute; benigno ou maligno. Ent&atilde;o, o m&eacute;dico faz a indica&ccedil;&atilde;o de cirurgia, quimioterapia e radioterapia ou das pr&aacute;ticas combinadas, de acordo com cada caso.</p> <p> Os tratamentos s&atilde;o divididos em dois tipos de terapias: local e sist&ecirc;mica. &ldquo;A local inclui a cirurgia e a radioterapia, que s&atilde;o formas de tratar o tumor sem afetar o restante do corpo. J&aacute; a sist&ecirc;mica trabalha com medica&ccedil;&otilde;es orais ou pela corrente sangu&iacute;nea, como &eacute; o caso da quimioterapia, capaz de atingir as c&eacute;lulas cancerosas em qualquer parte do corpo&rdquo;, afirma o radio-oncologista Miguel Torres.</p> <p> O tratamento, muitas vezes, pode implicar na perda de cabelos e na realiza&ccedil;&atilde;o da mastectomia &ndash; retirada da mama e isso afeta o emocional feminino. &ldquo;Fui cortando meu cabelo por etapas para que minha filha n&atilde;o percebesse, contei uma historinha para que ela entendesse que a mam&atilde;e estava doente e que quando melhorasse, o cabelo cresceria novamente&rdquo;, lembra M&aacute;rcia. Ela ainda comenta que o carinho da filha, o companheirismo do marido e todo apoio dos amigos e fam&iacute;lias foram essenciais para que tivesse esperan&ccedil;a e se recuperasse r&aacute;pido.</p> <p> <strong>Manuten&ccedil;&atilde;o da fertilidade</strong></p> <p> Ap&oacute;s vencer a doen&ccedil;a, muitos pacientes acabam se deparando com um novo problema: a infertilidade. &ldquo;Se ter filhos &eacute; um objetivo de vida, &eacute; essencial pensar nisso e se resguardar para concretiz&aacute;-lo posteriormente. Tratamentos com quimioterapia e radioterapia, al&eacute;m de destru&iacute;rem as c&eacute;lulas tumorais, tamb&eacute;m podem atingir as germinativas, que produzem &oacute;vulos e espermatozoides. Al&eacute;m disso, tamb&eacute;m interferem nas fun&ccedil;&otilde;es hormonais, respons&aacute;veis pela produ&ccedil;&atilde;o de gametas&rdquo;, explica Selmo Geber, PhD em Fertilidade e Embriologia.</p> <p> Segundo o m&eacute;dico, a urg&ecirc;ncia da doen&ccedil;a e a necessidade imediata de se dar in&iacute;cio aos tratamentos contra o c&acirc;ncer exigem decis&otilde;es r&aacute;pidas do oncologista. No entanto, devido &agrave; pressa, muitas vezes o fator reprodutivo n&atilde;o &eacute; abordado. &ldquo;Aspectos do tratamento e de efeitos colaterais diretos s&atilde;o amplamente discutidos. Por&eacute;m, a preserva&ccedil;&atilde;o da fertilidade para o futuro, atrav&eacute;s de criopreserva&ccedil;&atilde;o, por exemplo, acaba sendo deixada de lado&rdquo;, avalia.</p> <p> O objetivo com a criopreserva&ccedil;&atilde;o dos &oacute;vulos &ndash; seja por vitrifica&ccedil;&atilde;o, ou por congelamento &ndash;, &eacute; conservar o material para que ele possa ser utilizado no futuro, por meio de t&eacute;cnicas de reprodu&ccedil;&atilde;o assistida. &ldquo;O &oacute;vulo, ou o espermatozoide, &eacute; submetido a uma varia&ccedil;&atilde;o de temperatura de 37&ordm;C a -196&ordm;C em menos de um segundo. O material congelado &eacute;, ent&atilde;o, armazenado em nitrog&ecirc;nio l&iacute;quido, podendo ser mantido assim por tempo indefinido&rdquo;, explica o m&eacute;dico. Segundo ele, as taxas de gravidez utilizando &oacute;vulos congelados tem sido semelhante &agrave; obtida com exemplares frescos, de 50%.</p>

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