23/06/2016 08h49
Mauri Torres ? citado em dela??o de Marcos Val?rio
<p style="text-align: justify;">
Geral – O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, Mauri Torres, está entre os citados em delação premiada feita pelo ex-publicitário Marcos Valério, nessa terça-feira (21). Cerca de 20 pessoas citadas como parte de um esquema que ficou conhecido como mensalão do PSDB mineiro, criado em 1998, durante frustrada campanha de reeleição de Eduardo Azeredo. As informações são do jornalista Orion Teixeira, do Hoje em Dia.</p>
<p style="text-align: justify;">
O Ministério Público estadual está avaliando a veracidade das revelações, antes de serem homologadas como delação pela Justiça. Além de Mauri Torres, aparecem o ex-secretário de Governo Danilo de Castro, Andréa Neves, Aécio Neves e o ex-presidente da Assembleia Legislativa Diniz Pinheiro.</p>
<p style="text-align: justify;">
Marcos Valério está preso desde 2013, condenado a 37 anos no mensalão do PT, e é também réu nesse processo envolvendo os tucanos mineiros. Azeredo foi o primeiro condenado (20 anos) nessa ação e recorre à segunda instância. Valério tenta reduzir sua pena atual e ganhar benefícios como o de trocar a penitenciária Nelson Hungria (de modelo tradicional, em Contagem), onde cumpre a sentença, para o modelo alternativo e mais humanizado das Apacs (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados), também na Grande BH.</p>
<p style="text-align: justify;">
Os promotores cobram provas que sustentem sua delação, já que, ao longo do tempo, Valério foi perdendo a credibilidade por conta de ameaças de delações e chantagens a petistas durante o julgamento da ação penal 470, o mensalão do PT, no Supremo Tribunal Federal (STF), mas nunca confirmadas. No caso específico, os promotores ainda poderão ter como checar as denúncias de Marcos Valério, já que seus sócios também estão presos, com penas de 20 anos em média, e poderão confirmar as novas revelações. As acusações de Valério também irão comprometer nomes que já figuram como réus, como seu ex-sócio Clésio Andrade (ex-senador do PMDB). Como o esquema ocorreu há 16 anos, a denúncia já teria prescrito para os novos denunciados.</p>