13/05/2016 07h57
Prefeitura paga R$ 5,3 mil mesmo com o PA fechado
Prefeitura paga R$ 5,3 mil mesmo com o PA fechado
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<strong>João Monlevade –</strong> Mesmo fechado desde o mês de novembro do ano passado, o antigo prédio do Pronto Atendimento (PA), em João Monlevade, tem chamado a atenção pelos custos que continua gerando aos cofres públicos.</p>
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Quando estava em pleno funcionamento, o prédio, que ainda abriga a secretaria de saúde e laboratório municipal possui uma despesa mensal de R$ 24 mil em água, luz e telefone. Após seu fechamento, os meses seguintes apresentaram uma média de R$ 14 mil de despesas. O que mais chama a atenção nesses números é que a conta de água permaneceu inalterada. Tanto antes, quanto após o fechamento, a tarifa cobrada pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE) de João Monlevade se manteve em R$ 5,3 mil.</p>
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“O que justifica isso, sendo que a demanda caiu?”, interrogou o vereador Belmar Diniz (PT) durante reunião ordinária na Câmara Municipal na tarde de quarta-feira, 11.</p>
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Até mesmo o contrato com a companhia de energia elétrica Cemig, que foi feito por demanda, apresentou significativa redução. Em setembro do ano passado, a conta de luz foi de R$ 25,6 mil. Em abril deste ano, o valor foi de R$ 12,2 mil. “Mesmo com a contração da demanda de energia, a Prefeitura está tomando prejuízo. Estive em uma clínica em João Monlevade em pleno funcionamento que paga cerca de R$ 11 mil por mês de energia elétrica”, comparou.</p>
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O vereador explica que a Prefeitura de Monlevade possui um contrato de demanda de energia de média tensão de 120 kva para o prédio, porém são usados apenas 40 kva. “É preciso negociar e refazer este contrato com a Cemig. Se fosse feito com base em consumo comum, seria pago R$ 4,5 mil por mês”.</p>
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<strong>Equipamentos parados</strong></p>
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Belmar contou que esteve visitando as dependências internas do PA e encontrou vários. “Encontrei armários, geladeira, balanças novas, mesas, poltronas, macas, camas, material de escritório, televisão, extintores”, listou. O vereador ainda destacou que encontrou materiais do Serviço de Fisioterapia Municipal (Sefim), como pesos e colchonetes.</p>
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“Há poltornas novas, ainda embaladas, cadeiras de rodas, vários estoques de iodo. Há equipamentos eletrônicos caros pendurados na parede e bombas de infusão”, concluiu.</p>
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Na parte externa do prédio, o visitante se deparar com latinhas utilizadas para o consumo de drogas e preservativos usados. A porta da sala onde fica o gerador foi roubada.</p>
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<strong>Ironia do líder do governo</strong></p>
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O relato irritou o líder do Governo na Câmara, Sinval Dias (PSDB). Ele tentou desqualificar a fala do petista dizendo que não se passava de mais uma tentativa de denegrir a atual administração. “É claro que os equipamentos estão parados. Você queria que eles estivessem andando?”, ironizou.</p>
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Já o vereador Guilherme Nasser (PSDB) Foi mais ponderado e tentou explicar a situação. De acordo com o vereador, todo o material que estava no PA e foi solicitado pelo Hospital Margarida e pelos postos de saúde foi repassado. “Os móveis que estão no PA vieram dos postos que foram reformados. As cadeiras novas serão usadas na farmácia que será inaugurada lá”, explicou.</p>
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<strong>Que fim terá o prédio?</strong></p>
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Apesar de o prefeito Teófilo Torres (PSDB) ter manifestado a intenção de fazer do local um Centro de Especialidades Médicas, o prédio continua sem uma real definição. Várias situações foram sugeridas pelos vereadores.</p>
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“Porque não ceder salas para associações que precisam um espaço para suas atividades?” sugeriu Belmar.</p>
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“Eu acho que o local deveria ser usado para abrigar setores que estão hoje em imóveis alugados”, opinou Teles Guimarães (PHS).</p>
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Fotos: Belmar Diniz</p>