Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

notícias

12/05/2016 09h14

N?mero de mortes em Minas por tuberculose sobe 49,4%

Compartilhe
<p style="text-align: justify;"> <strong style="font-size: 12px;">Geral - </strong><span style="font-size: 12px;">Receber o diagn&oacute;stico de tuberculose n&atilde;o &eacute; mais uma senten&ccedil;a de morte, como ocorria no passado. Mas, mesmo com todos os tratamentos dispon&iacute;veis nos dias de hoje, a doen&ccedil;a continua em circula&ccedil;&atilde;o e cada vez mais letal. No ano passado, apesar de uma queda no n&uacute;mero de casos, 251 pessoas morreram em Minas Gerais em decorr&ecirc;ncia da enfermidade, n&uacute;mero 49,4% maior que os 168 &oacute;bitos de 2014, segundo dados da Secretaria Estadual de Sa&uacute;de (SES).</span></p> <p style="text-align: justify;"> O n&uacute;mero de casos em solo mineiro caiu de 4.434, em 2014, para 4.317, no ano seguinte. E a regi&atilde;o metropolitana de Belo Horizonte concentrou a maior parte de ocorr&ecirc;ncias de Minas, com cerca de 33,7% dos registros da doen&ccedil;a em 2015, contra 34,5 % em 2014.</p> <p style="text-align: justify;"> Para a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da Prefeitura de Belo Horizonte, Juliana Veiga, o aumento &eacute; alarmante e n&atilde;o pode ser aceito pelo poder p&uacute;blico. &ldquo;Esse crescimento &eacute; preocupante. Por isso, criamos uma for&ccedil;a-tarefa, que come&ccedil;ou a atuar na capital na semana passada e conta com 15 profissionais, que est&atilde;o estudando o comportamento da doen&ccedil;a e dos pacientes&rdquo;, anunciou Juliana. Segundo ela, o grupo atuar&aacute; por 30 meses. &ldquo;Temos que entender o que &eacute; melhor em cada caso&rdquo;, disse.</p> <p style="text-align: justify;"> Uma das preocupa&ccedil;&otilde;es &eacute; com o abandono do tratamento, que dura seis meses e &eacute; totalmente gratuito para o paciente, e custeado pelo Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS). O problema &eacute; que, ap&oacute;s cerca de dois meses, os sintomas da doen&ccedil;a j&aacute; desaparecem, e muitos pacientes acreditam que n&atilde;o precisam continuar tomando os rem&eacute;dios.</p> <p style="text-align: justify;"> &ldquo;O abandono do tratamento &eacute; um desafio mundial, em especial por se tratar de uma doen&ccedil;a que costuma atingir as popula&ccedil;&otilde;es com piores condi&ccedil;&otilde;es de vida e de educa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, avaliou o coordenador do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Pedro Daibert de Navarro.</p> <p style="text-align: justify;"> Para conter a doen&ccedil;a, o coordenador defende melhorias nos servi&ccedil;os p&uacute;blicos. &ldquo;N&atilde;o podemos p&ocirc;r esse crescimento s&oacute; na conta do paciente que abandona o tratamento. Temos que focar o acompanhamento e o diagn&oacute;stico r&aacute;pido. Se o tratamento come&ccedil;ar logo, as chances de cura s&atilde;o alt&iacute;ssimas&rdquo;, disse.</p> <p style="text-align: justify;"> Nessa linha, desde o fim do ano passado, as unidades de sa&uacute;de de Minas Gerais contam com o Teste R&aacute;pido Molecular para Tuberculose (TRM-TB). &ldquo;&Eacute; um exame r&aacute;pido e muito moderno, que permite um diagn&oacute;stico preciso para o in&iacute;cio do tratamento o quanto antes&rdquo;, detalha Navarro.</p> <p style="text-align: justify;"> Outra estrat&eacute;gia que o governo estadual passou a adotar &eacute; o monitoramento dos programas municipais de tuberculose. &ldquo;Estamos organizando visitas, com equipes especializadas para discutir os casos in loco&rdquo;, finalizou.</p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Doen&ccedil;a preocupa o ano inteiro</strong></p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> Ao contr&aacute;rio do que se pode imaginar, o inverno n&atilde;o propicia um aumento no n&uacute;mero de casos de tuberculose.</p> <p style="text-align: justify;"> Para a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da Prefeitura de Belo Horizonte, Juliana Veiga, um eventual aumento no n&uacute;mero de casos nos meses de inverno &eacute; consequ&ecirc;ncia de maior procura por tratamento, j&aacute; que a doen&ccedil;a pode ser confundida a princ&iacute;pio com uma gripe ou outro problema pulmonar, como asma. &ldquo;Mas a pessoa j&aacute; poderia estar apresentando os sintomas, como a tosse h&aacute; mais de tr&ecirc;s semanas, muito antes. A doen&ccedil;a ataca durante o ano inteiro&rdquo;, explicou.</p> <p style="text-align: justify;"> Silvana Sp&iacute;ndola de Miranda, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), concorda. &ldquo;Tem pouca import&acirc;ncia a esta&ccedil;&atilde;o do ano. A doen&ccedil;a &eacute; altamente contagiosa e se propaga pelo contato direto com as secre&ccedil;&otilde;es contaminadas, que se espalham atrav&eacute;s da tosse ou de espirros&rdquo;.</p> <p style="text-align: justify;"> A m&eacute;dica detalhou tamb&eacute;m que a vacina BCG protege apenas as crian&ccedil;as da doen&ccedil;a e que, mesmo assim, tem um alcance limitado. &ldquo;Ela n&atilde;o imuniza pela vida inteira, s&oacute; garante por um per&iacute;odo. Na vida adulta, essa garantia j&aacute; n&atilde;o existe mais&rdquo;, explicou.</p> <p style="text-align: justify;"> Dengue. Na opini&atilde;o do coordenador do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Pedro Daibert de Navarro, a contamina&ccedil;&atilde;o durante o ano inteiro &eacute; um dos fatores que tornam a tuberculose mais grave do que a dengue, que &eacute; sazonal.</p> <p style="text-align: justify;"> &ldquo;Com muito menos casos, a tuberculose mata mais do que a dengue. Ou seja, ela &eacute; muito mais letal e muito mais s&eacute;ria. Por&eacute;m, ela n&atilde;o tem tanto destaque nem &eacute; t&atilde;o falada, e as pessoas ainda t&ecirc;m d&uacute;vidas sobre os sintomas. Reverter isso &eacute; um desafio&rdquo;, disse. (JRF)</p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> <strong>Brasil em redu&ccedil;&atilde;o</strong></p> <p style="text-align: justify;"> &nbsp;</p> <p style="text-align: justify;"> O Brasil teve uma redu&ccedil;&atilde;o de 20,2% nos casos de tuberculose nos &uacute;ltimos dez anos, segundo boletim do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de divulgado em mar&ccedil;o. Em 2006, o pa&iacute;s teve 38,7 casos a cada 100 mil habitantes, n&uacute;mero que caiu para 30,9 casos a cada 100 mil habitantes em 2015.</p> <p style="text-align: justify;"> Os dados dos &uacute;ltimos dois anos apontam 4.434 casos em 2014 &ndash; sendo 1.530 na regi&atilde;o metropolitana, com 168 mortes e 569 abandonos de tratamento. Em 2015, foram registrados 4.317 casos &ndash; 1.456 na Grande BH &ndash; com 251 &oacute;bitos e 251 abandonos de tratamento &ndash; n&atilde;o se sabe se s&atilde;o os mesmos pacientes.</p>

Bom Dia Online- Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.

by Mediaplus