A janela para troca de partidos que se inicia dentro de uma semana vai promover um “troca-troca” em todo o país. A consequência direta é a provável mudança na configuração dos blocos e as forças da base e da oposição em todas as bases regionais.

No dia 18, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros, será promulgada a Proposta de Emenda a Constituição 113, que abre janela para troca de partidos sem perda de mandatos. As mudanças poderão ocorrer nos 30 dias seguintes à promulgação.

Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, as atuais movimentações mostram que a oposição deve perder pelo menos três nomes, dos atuais 22 representantes, e que o grupo dos chamados independentes deve crescer. Dalmo Ribeiro (PSDB) deve ir para o PV, partido que compõe o bloco intermediário Compromisso com Minas. O tucano João Vítor Xavier também está com conversas adiantadas com o PSD, assim como o petebista Missionário Santiago.

Do outro lado, o PR, que está na base do governo, pode migrar para o bloco independente, que pode trazer prejuízo para o governo, já que o grupo costuma caminhar com os aliados de Fernando Pimentel. “O partido pode crescer, mas prefiro não citar nomes. Tenho conversas adiantadas com o Agostinho Patrus (PV). O partido pode formar uma bancada ou ir para o independente. Há um foco de insatisfação com a base desde a montagem do bloco. Havia um compromisso com relação à rotina do bloco, formação das comissões e indicação para a vice-liderança, que não aconteceram”, disse.

Nos bastidores, os nomes apontados como futuros integrantes do PR são Emidinho Madeira (PTdoB), Roberto Andrade (PTN) e Fábio Avelar (PTdoB).

Interior

Já no interior do estado, vereadores e futuros candidatos ficam de olho apenas nos partidos cujas composições ofereçam melhores chances de retornar e ou conseguir uma vaga nas câmaras municipais.