Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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25/11/2015 19h04

ONU critica governo brasileiro, Vale e BHP Billiton ap?s desastre em Mariana

Cientistas consideram o Rio Doce agora como um rio morto

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<p> A Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU) criticou duramente o governo brasileiro, a Vale e a BHP Billiton, controladoras da mineradora Samarco, por adotar uma &quot;postura defensiva&quot; diante do &quot;catastr&oacute;fico colapso&quot; da barragem de rejeitos que no come&ccedil;o de novembro devastou o distrito de Bento Rodrigues, em Minas Gerais, e ainda provoca s&eacute;rios danos &agrave;s regi&otilde;es banhadas pelo Rio Doce.</p> <p> &quot;As medidas tomadas pelo governo brasileiro, a Vale e a BHP Billiton para evitar danos foram claramente insuficientes. O governo e as empresas devem fazer tudo ao seu alcance para evitar mais danos, incluindo a exposi&ccedil;&atilde;o a metais pesados e outras subst&acirc;ncias qu&iacute;micas t&oacute;xicas&quot;, afirmaram em comunicado o relator especial da ONU sobre os direitos humanos ao meio ambiente, John Knox, e o relator especial sobre direitos humanos e subst&acirc;ncias e res&iacute;duos perigosos, Baskut Tuncak. &quot;N&atilde;o &eacute; aceit&aacute;vel que tenha demorado tr&ecirc;s semanas para que informa&ccedil;&otilde;es sobre os riscos t&oacute;xicos da cat&aacute;strofe mineira tenham chegado &agrave; tona&quot;, ressaltaram.</p> <p> Pelos c&aacute;lculos de Knox, o dano ambiental causado pela trag&eacute;dia equivale a 20.000 piscinas ol&iacute;mpicas de res&iacute;duos de lama t&oacute;xica contaminando o solo, rios e o sistema de &aacute;gua em uma &aacute;rea de mais de 850 quil&ocirc;metros. Ele pontuou que o Rio Doce &quot;agora &eacute; considerado morto por cientistas&quot; e lembrou que &quot;a lama t&oacute;xica est&aacute; seguindo lentamente seu caminho rio abaixo em dire&ccedil;&atilde;o ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos, onde ela amea&ccedil;a a floresta protegida e o habitat&quot;.</p> <p> Para Tuncak, &quot;as autoridades brasileiras devem avaliar se as leis do Brasil para a minera&ccedil;&atilde;o s&atilde;o consistentes com os padr&otilde;es internacionais de direitos humanos, incluindo o direito &agrave; informa&ccedil;&atilde;o&quot;. Ele ainda observou que, pelas normas internacionais de direitos humanos, o Estado tem a obriga&ccedil;&atilde;o de gerar, avaliar, atualizar e disseminar informa&ccedil;&otilde;es sobre o impacto ambiental e a presen&ccedil;a de subst&acirc;ncias nocivas. As empresas, por sua vez, t&ecirc;m a responsabilidade de respeitar os direitos humanos.</p> <p> &quot;Este desastre serve como mais um exemplo tr&aacute;gico do fracasso das empresas em conduzir adequadamente devida dilig&ecirc;ncia para prevenir viola&ccedil;&otilde;es de direitos humanos&quot;, conclu&iacute;ram os especialistas, destacando que &quot;nunca haver&aacute; um rem&eacute;dio efetivo&quot; para as v&iacute;timas, nem para o meio ambiente, que &quot;sofreu um dano irrepar&aacute;vel&quot;.</p>

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