16/10/2015 06h45
Cen?rios - Eu adoro a crise
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Enquanto isso, naquele programa de TV</p>
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- Estamos aqui mais uma vez com nosso programa RAIO X para entrevistar o sociólogo e economista, Dr Pangloss que está lançando o livro " EU ADORO A CRISE". Obrigado pela sua presença, viu Dr. Panglos?</p>
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- Eu é que agradeço pela oportunidade.</p>
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- Mas você está na contramão de todos os seus colegas economistas e analistas. Em que você se inspirou para escrever esse livro "EU ADORO A CRISE?</p>
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- Olha. Inspirei-me na observação do cotidiano. São diversos os benefícios da crise. Pra começar, vou citar um deles: a crise é excelente para o meio ambiente. Menos consumo de combustível, menos queima de CO2, menos demanda, menos consumo, menos lixo.</p>
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- Mas...e fora esse benefício?</p>
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- Peraí... menos consumo de água e eletricidade. Também ajuda as pessoas a melhorar a economia doméstica na medida em que passam a economizar para aliviar o bolso, Se você gasta menos água, se poupa nos banhos, se para de lavar a calçada pra não ter um enfarto quanto chega a conta, já será um ganho enorme para os nossos reservatórios.</p>
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- OK. Mas e o desemprego? O Sr sabia que já temos 2 milhões de pessoas que perderam seus empregos no Brasil?</p>
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- Mas isso é muito bom.</p>
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- Mas peraí, Dr. Panglóss. O se está extrapolando agora.</p>
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- Não estou e provo. Muitas dessas pessoas que saem dos seus empregos começam a empreender, daí nascem novas empresas, novos prestadores de serviços competitivos que conquistam sua autonomia. A maioria dos brasileiros é PHD em sobreviver.</p>
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- Mas o sr não acha que são trabalhos precarizados? Não acha que vão existir muitos desvios de função, ou seja, advogados trabalhando de gari, engenheiros trabalhando como taxistas.</p>
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- Mas Isso que você está dizendo sempre aconteceu. Infelizmente nem todos conseguem trabalhar naquilo que gostariam. Em épocas de crise o mercado fica mais seletivo, filtra a competência. Os bons profissionais sobrevivem. Mas isso não é ruim. Muito pelo contrário. Estamos precisando de mais competência, não estamos?</p>
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- Mas meu amigo. Nada tá vendendo. Veja a fábricas de automóveis. Os pátios cheios de carros zero e ninguém comprando.</p>
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- Muito bom</p>
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- Mas como assim...muito bom?</p>
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- O dinheiro não acaba. Ele muda de mãos. O que está acontecendo estimula o mercado de carros usados e oficinas de reparos. Além do mais, força as montadoras a rever seus preços. Sabia que temos os automóveis mais caros do planeta? </p>
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- Mas e os supermercados? Já começam a faltar produtos nas gôndolas.</p>
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- Muito bom. Vai estimular as pessoas a plantar sua hortinha no quintal, criar suas galinhas, investir em hortas comunitárias. Uma dieta mais saudável.</p>
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- Puxa, Dr. Panglóss. Muito interessante a sua abordagem, levando-se em conta que as pessoas andam muito pessimistas com o cenário econômico e político. </p>
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- Pois é. Eu me recuso a ver o copo vazio. Precisamos agradecer a todo momento pela glória da vida.</p>
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- Bom Dr Panglóss. O Raio x vai ficando por aqui. Agradecemos pela sua entrevista e esperamos que em breve o sr retorne aqui para nos trazer mais um pouco de positividade.</p>
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- Será sempre um prazer.</p>
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- Só me diga uma coisa. O sr diz que é sociólogo e economista que nem FHC né? O senhor estudou fora também?</p>
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- Sim. </p>
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- Estudou na França também?</p>
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- Não. Formei-me em Havana e fiz pós em Caracas.</p>
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- Ah tá...</p>
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<em>MARCOS MARTINO</em></p>
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