06/10/2015 15h47
M?rio da Paz o "man?aco do opala" se torna l?der em oficina mec?nica na penitenci?ria
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Quatorze anos após ser preso sob a acusação de ter matado duas mulheres e estuprado outras duas, em João Monlevade, e confessar mais quatro assassinatos, o mecânico Mário da Paz Ferreira, de 45 anos (o Maníaco do Opala), volta a ser notícia, desta vez de forma positiva.</p>
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O mecânico era dono de um veículo Opala reconhecido por mulheres que escaparam ao seu assédio. Mário da Paz apareceu esta semana num texto divulgado pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) de Minas Gerais para mostrar a eficiência da oficina mecânica da Penitenciária Dênio Moreira, em Ipaba no Vale do Aço.</p>
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Mário é considerado líder dos colegas de prisão que trabalham na oficina. Condenado a 55 anos de prisão, o Maníaco do Opala, segundo a Seds tenta reconstruir a vida como mecânico.</p>
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Ele afirma que junta o salário que recebe na cadeia (R$ 591) para abrir uma oficina. Mário conta ter aperfeiçoado seus conhecimentos dentro da penitenciária, em cursos de mecânica e de pintura. Atualmente, está fazendo um curso técnico de eletrônica.</p>
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Embora elogie os professores que teve, ele considera “sua maior conquista” o conhecimento adquirido solitariamente na leitura de livros de tornearia mecânica que encontrou na biblioteca da Dênio Moreira. “Aqui, não perdi tempo! Ganhei tempo! Se a pessoa quiser sair do mundo do crime, esta penitenciária oferece todas as condições”, enfatiza o detento.</p>
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O Maníaco do Opala passou por penitenciárias em Contagem, na Grande BH, e Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Na época do seu julgamento, a defesa alegou que o “Maníaco do Opala” possui problemas mentais.</p>
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A promotoria disse ao juiz que o acusado não precisava de motivos para matar. Como tem bom comportamento, Ferreira pode usar furadeiras, lixadeiras, tornos, lavadoras de alta pressão e um elevador hidráulico, na oficina que conserta 50 veículos do sistema prisional a cada mês, entre carros, ônibus e até tratores.</p>
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Segundo a Seds, a atividade só é possível por causa da parceria com empresas que fornecem os materiais para os cursos dos detentos. “Essas indústrias acreditam na mão de obra e na capacidade de ressocialização dos presos”, destaca Cléber Pinho, agente prisional que é responsável pela oficina.</p>
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<em>com informações:Bell Silva/O Popular/foto:divulgação</em></p>