Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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21/07/2015 08h54

Fiscaliza??o pune degrada??o no entorno de Parque Estadual do Rio Doce

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<p> A&ccedil;&otilde;es de desmatamento de &aacute;rvores nobres da mata atl&acirc;ntica e de seus sub-bosques nas &aacute;reas de amortecimento do Parque Estadual do Rio Doce (Perd), no Leste do estado, foram alvo de uma opera&ccedil;&atilde;o de fiscaliza&ccedil;&atilde;o da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent&aacute;vel (Semad), que terminou na sexta-feira e encontrou n&atilde;o apenas supress&atilde;o vegetal, mas tamb&eacute;m fornos de carv&atilde;o, loteamentos, queimadas e interven&ccedil;&otilde;es em recursos h&iacute;dricos. A a&ccedil;&atilde;o ocorreu depois de den&uacute;ncias sobre a devasta&ccedil;&atilde;o ambiental na regi&atilde;o, que &eacute; de extrema import&acirc;ncia para a recarga do Rio Doce.</p> <p> O manancial se encontra t&atilde;o assoreado e seco que n&atilde;o chega mais a desaguar no mar em sua foz original, em Linhares, no Esp&iacute;rito Santo. Ambientalistas e integrantes do Comit&ecirc; da Bacia Hidrogr&aacute;fica do Rio Doce (CBH-Doce) apontam ser a destrui&ccedil;&atilde;o da mata atl&acirc;ntica uma das principais causas dessa situa&ccedil;&atilde;o. Os resultados da a&ccedil;&atilde;o de fiscaliza&ccedil;&atilde;o ainda est&atilde;o sendo consolidados, mas respons&aacute;veis por pelo menos duas &aacute;reas mostradas pela reportagem v&atilde;o ser multados em cerca de R$ 30 mil, no total, e autuados por crime ambiental.</p> <p> Em uma delas, foiflagrada o momento em que dois homens com motosserras derrubavam a mata em uma fazenda do munic&iacute;pio de Marli&eacute;ria, a 194 quil&ocirc;metros de BH. Segundo a Pol&iacute;cia Militar, o destino da lenha de mata nativa era alimentar os fornos de carv&atilde;o, misturada ao eucalipto que o propriet&aacute;rio tinha licen&ccedil;a para extrair e queimar. Ainda de acordo com a ocorr&ecirc;ncia, o fazendeiro tentou justificar a abertura da estrada, dizendo que se tratava de um &ldquo;aceiro preventivo&rdquo; &ndash; um espa&ccedil;o aberto na mata para evitar que uma queimada fuja ao controle &ndash;, mas, pelas caracter&iacute;sticas observadas no local pelos militares, tratava-se mesmo de uma estrada aberta na mata. A multa na fazenda ser&aacute; de cerca de R$ 16 mil.</p> <p> Com o aux&iacute;lio de um helic&oacute;ptero, equipes de oito fiscais e quatro policiais tamb&eacute;m confirmaram outra agress&atilde;o, na qual o propriet&aacute;rio derrubou eucalipto misturado &agrave; vegeta&ccedil;&atilde;o de mata atl&acirc;ntica. Sobraram apenas os tocos dos esp&eacute;cimes protegidos. A madeira derrubada seguiu com o carregamento de eucalipto, como se fosse proveniente de silvicultura. A &aacute;rea devastada foi extensa, chegando a 24 hectares. A multa foi estimada em R$ 15 mil.</p> <p> Outros quatro espa&ccedil;os foram fiscalizados no entorno do Perd. Usando o hist&oacute;rico de imagens de sat&eacute;lites, foi localizado pelo menos 19 locais na regi&atilde;o em quea mata nativa foi derrubada nos &uacute;ltimos dois anos, chegando a uma &aacute;rea de 114 hectares, ou 281 campos de futebol.</p> <p> Segundo a coordenadora da fiscaliza&ccedil;&atilde;o, Marina Dias, as &aacute;reas fazem parte da mata de amortecimento do Perd, e s&atilde;o fundamentais. &ldquo;Muitas nascentes e recursos h&iacute;dricos v&ecirc;m dessas &aacute;reas para o parque. Os animais tamb&eacute;m t&ecirc;m nessas matas o territ&oacute;rio que percorrem&rdquo;, disse. A mata atl&acirc;ntica &ndash; bioma predominante em 98% da Bacia do Rio Doce &ndash; teve 95% de sua extens&atilde;o dizimada na Regi&atilde;o Leste, de acordo com o Instituto Mineiro de Gest&atilde;o das &Aacute;guas (Igam).</p> <p> <strong>Falta apoio &agrave; fiscaliza&ccedil;&atilde;o</strong></p> <p> As &aacute;reas de amortecimento da mata atl&acirc;ntica e os parques devem ser protegidos de atividades ilegais, mas o que vemos s&atilde;o &oacute;rg&atilde;os ambientais com corpo de fiscais mal equipado, sem aparelhos de GPS para fazer mapeamento, sem treinamento. Com isso, mal se consegue impedir a devasta&ccedil;&atilde;o ambiental. Licenciamentos ambientais de grandes empreendimentos tamb&eacute;m acabam n&atilde;o sendo conferidos. Problemas como esses s&atilde;o ainda piores em uma bacia como a do Rio Doce, que est&aacute; t&atilde;o seca que n&atilde;o chega mais ao mar.</p> <p align="right"> <em>Com informa&ccedil;&otilde;es Cara&ccedil;a FM</em></p>

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