Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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03/04/2015 17h11

Jovem brasileira ? homenageada na Universidade da Fl?rida

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<p> Dedica&ccedil;&atilde;o e comprometimento com os estudos. O resultado desse esfor&ccedil;o rendeu &agrave; estudante brasileira C&iacute;ntia Leite Ribeiro, de apenas 27 anos, um lugar de destaque na conceituada Universidade da Fl&oacute;rida. Isso porque a sua disserta&ccedil;&atilde;o intitulada &ldquo;Caracteriza&ccedil;&atilde;o Molecular de Genes Candidatos para Tra&ccedil;os Quantitativos na Esp&eacute;cie Florestal <em>Populus&rdquo; </em>foi eleita a melhor tese de doutorado, em 2014, na &aacute;rea Biol&oacute;gica.</p> <p> Trata-se de uma premia&ccedil;&atilde;o importante, uma vez que a Universidade da Fl&oacute;rida tem mais de 10 mil alunos de doutorado, comemora C&iacute;ntia Ribeiro.</p> <p> A cerim&ocirc;nia de homenagem est&aacute; agendada para o dia 19 de maio, com a presen&ccedil;a do presidente da escola, W. Kent Fuchs, reitores, professores, alunos e convidados. Al&eacute;m de uma placa, a jovem receber&aacute; um pr&ecirc;mio de 1.500 d&oacute;lares.</p> <p> C&iacute;ntia Leite Ribeiro &eacute; filha de Jos&eacute; Ribeiro (Ipatinga) e Maria do Ros&aacute;rio Leite (Rio Piracicaba). Durante a inf&acirc;ncia e adolesc&ecirc;ncia costumava passar as f&eacute;rias e o carnaval na casa dos av&oacute;s maternos &ndash; Ant&ocirc;nio Leite e Ruth Leite. Ela &eacute; sobrinha da conceituada cientista Maria de F&aacute;tima Leite, da UFMG, que entre outros trabalhos, caracterizou uma organela celular denominada ret&iacute;culo nucleoplasm&aacute;tico, presente em v&aacute;rias c&eacute;lulas de mam&iacute;fero e, tamb&eacute;m, em plantas. Essa descoberta vem gerando estudos aplicados nas &aacute;reas de sa&uacute;de, como formula&ccedil;&atilde;o de medicamentos e de novas terapias.</p> <p> <strong>Hist&oacute;rico de dedica&ccedil;&atilde;o aos estudos</strong></p> <p> Cintia Ribeiro nasceu em Vit&oacute;ria (ES). Ap&oacute;s terminar o ensino m&eacute;dio em 2005, na cidade de Len&ccedil;ois Paulista (SP), estudou na Universidade Estadual Paulista (UNESP), em Botucatu, onde obteve o t&iacute;tulo de bacharel e licenciatura em Ci&ecirc;ncias Biol&oacute;gicas.</p> <p> Durante o per&iacute;odo de faculdade, Cintia realizou pesquisas com eucalipto no Departamento de Gen&eacute;tica. Em 2010, a jovem iniciou-se no programa de p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o em Biologia Molecular e Celular de Plantas da Universidade da Florida, em Gainesville, sob a orienta&ccedil;&atilde;o do Dr. Matias Kirst. No ano passado, recebeu o t&iacute;tulo de Ph.D.</p> <p> Durante os quatro anos na Universidade da Fl&oacute;rida, C&iacute;ntia Ribeiro recebeu dez premia&ccedil;&otilde;es de excel&ecirc;ncia acad&ecirc;mica e em pesquisa. Ap&oacute;s o doutorado, ela foi a mais jovem da hist&oacute;ria a conquistar uma vaga no competitivo programa de L&iacute;deres Cient&iacute;ficos Emergentes, na empresa Monsanto, em St. Louis , Missouri (EUA), onde trabalha atualmente.</p> <p> <strong>Import&acirc;ncia da pesquisa</strong></p> <p> &ldquo;Caracteriza&ccedil;&atilde;o Molecular de Genes Candidatos para Tra&ccedil;os Quantitativos na Esp&eacute;cie Florestal <em>Populus&rdquo;. </em>Para quem n&atilde;o &eacute; da &aacute;rea, esse assunto parece complicado e sem sentido. No entanto, C&iacute;ntia Ribeiro explica que &ldquo;o grupo de plantas <em>Populus </em>inclui algumas das esp&eacute;cies florestais de maior import&acirc;ncia econ&ocirc;mica e ecol&oacute;gica do Hemisf&eacute;rio Norte&rdquo;.</p> <p> Segundo a autora da tese, &ldquo;com o aumento da demanda de biomassa para produ&ccedil;&atilde;o de bio combust&iacute;veis e a redu&ccedil;&atilde;o da disponibilidade de terras para plantio, a necessidade de aumento de produtividade de madeira &eacute; maior do que nunca. Assim, entender a regula&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica de forma&ccedil;&atilde;o de biomassa &eacute; fundamental para o desenvolvimento de mat&eacute;ria-prima vegetal mais adequada para a bio energia&rdquo;.</p> <p> C&iacute;ntia Ribeiro explicou que o objetivo do trabalho foi caracterizar genes de fun&ccedil;&atilde;o desconhecida com hip&oacute;tese de impactar positivamente a forma&ccedil;&atilde;o de madeira. &ldquo;Descobrimos um gene que aumenta o crescimento das &aacute;rvores, particularmente sob temperatura elevada. Este estudo demonstrou que este gene pode ser utilizado como uma ferramenta poderosa para a engenharia gen&eacute;tica de plantas e, possivelmente, para a produ&ccedil;&atilde;o de alimentos, aumentando a produtividade em climas mais quentes, causados pelo aquecimento global&rdquo;.</p> <p> Segundo a autora, &ldquo;a fam&iacute;lia de genes recentemente descoberto &eacute; proposta como tendo um papel no desenvolvimento de vasos que conduzem &aacute;gua nas plantas, uma inova&ccedil;&atilde;o evolutiva not&aacute;vel, que permitiu que as plantas deixassem o ambiente aqu&aacute;tico e colonizassem o ambiente terrestre&rdquo;.</p> <p align="right"> <em>Especial para o Bom Dia</em></p> <p align="right"> <em>Jornalista Maria Terezinha</em></p>

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