11/02/2015 14h14
Catas Altas mant?m tradi??o do carnaval
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Os foliões amantes do carnaval com bandinhas, blocos caricatos e com todo mundo fantasiado, estão correndo para o interior de Minas Gerais. Cidades como Diamantina, Ouro Preto, Mariana, São João Del Rei, Pompéu, Tiradentes, entre tantas outras, incluindo Catas Altas estão sendo procuradas por gente que quer pura diversão, além de curtir história, cultura e natureza. Com esse tipo de promoção que diverte adultos e crianças as cidades de Minas saem na frente e começam a resgatar o tradicional carnaval.</p>
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A Secretária de Cultura e Turismo de Catas Altas, Cláudia Picardi, diz que a idéia deste carnaval é realizar uma festa dentro das tradições da cidade, com foco especial nas bandinhas de carnaval e nos já consagrados blocos de rua: “Basta incentivar o que já temos. É nesse sentido que queremos um carnaval especial para Catas Altas, assim como é a festa do vinho. Vamos então incentivar o som das marchinhas e valorizar o que temos na cidade”, informa.</p>
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Além desse resgate cultural a Prefeitura organizou show de bandas, com apresentações no palco, de sexta até terça-feira. “Nas horas vagas, se sobrar tempo, vamos quebrar o calor nas cachoeiras”, comenta a Secretária.</p>
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Os turistas devem procurar o Centro de Apoio ao Turista (CAT), localizado na Rua Monsenhor Barros, - Sol Nascente. Telefone (31) 3832-7121. O CAT organizou passeios às cachoeiras, com orientação dos guias da cidade.</p>
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<strong>É tempo de carnaval, é tempo de alegria</strong></p>
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Aos poucos, a gente de Catas Altas vai tecendo suas tradições, vai escrevendo devagar a sua história. Um das personalidades responsáveis pelo registro das tradições e da história de Catas Altas é o historiador Éder Ayres Siqueira, da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Ele é um atento e meticuloso cronista da cidade. De seus escritos sobre o carnaval, fomos buscar as duas primeiras festas da cidade.</p>
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Segundo Éder, o carnaval de Catas Altas começou na década de 1930, com alguns rapazes fantasiados de mulher e outros mascarados trazendo um porrete nas mãos. O desfile não passava de uma imitação grotesca do carnaval do Rio. Muitos anos depois, em 1951, quando o arraial já era iluminado pelas luzes elétricas, o carnaval passou a ser incrementado por barulhentos instrumentos de percussão comuns da época: latas de gordura, latas de marmelada e os pitorescos urinóis. Os foliões saíam pela rua cantando marchinhas de carnaval, enquanto as crianças corriam e choravam com medo dos mascarados.</p>
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De certa forma, o Carnaval da cidade não mudou muito. Ouve alguns ensaios com bandas se apresentando em palco, mas os desfiles pelas ruas, as bandinhas, os travestidos e os mascarados continuam. E parece que daqui pra frente a tradição se oficializa. Primeiro porque o carnaval nas cidades históricas passam a obedecer um regulamento próprio. Segundo porque as bandas populares e as marchinhas ganham cada vez mais o gosto do público e do turista. </p>