10/08/2014 15h25
Projeto Expans?o Oeste de Brucutu tem audi?ncia p?blica
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A Vale promoveu no último dia 7, quinta-feira, Audiência Pública no Clube Jabaquara em Barão de Cocais, e no Centro Cultural de São Gonçalo do Rio Abaixo para apresentar o projeto Expansão Oeste da Mina de Brucutu às duas comunidades, atingidas pelo projto.</p>
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Rodrigo Chaves, gerente de operações das Minas Centrais da Vale, abriu ambas as audiências, que ocorreram em horários distintos, apresentando números sobre à continuidade das operações na mina. Estudos de impactos sociais e ambientais para a aprovação do licenciamento ambiental do empreendimento foram relatados e apresentados.</p>
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Maria Helena Batista Murta, superintendente da Supram Leste Mineiro, intermediou a audiência pública que teve participação e apresentação de dados de Yash Rocha Maciel – coordenador da Lume Estratégia Ambiental, empresa responsável pelos estudos de impacto da obra, contratada pela Vale.</p>
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Com liberação do licenciamento ambiental, a previsão é de que as atividades de expansão de Brucutu começam no segundo semestre de 2017.</p>
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Conforme Rodrigo Chaves, a expansão da mina tem previsão de 30 milhões de toneladas/ ano, e vida útil de 30 anos, com possibilidade de atuação até o ano 2040, já que de acordo com pesquisas, a reserva estimada é de 600 milhões de tonelada de minério de ferro (finos de hematita). Outra previsão é da produção de 5 mil toneladas/ano de ‘Finos de Hematita’ e 10 mil toneladas/ano de ‘Itabirito’.</p>
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<strong>Empregos</strong></p>
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“O projeto Expansão Oeste Brucutu representa a manutenção dos empregos diretos gerados na mina Brucutu e ainda a capacidade de investimentos nas cidades, assim como a contribuição para arrecadação de impostos em Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio Abaixo”, comentou Rodrigo Chaves que disse ainda que a compensação ambiental pela obra será feita pela Vale em uma área de Preservação Ambiental Permanente (APA) na Serra Cambota (em Barão de Cocais).</p>
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Com a expansão das atividades da Vale podem ser criados mais 905 postos de trabalho direto que somaram aos 1.700 já existentes.</p>
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<strong>Impactos sociais e ambientais</strong></p>
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Além disso, durante a audiência foi comentado que nos início da fase de expansão podem ocorrer alterações da qualidade do ar, da água – com assoreamento de cursos d´água, aumento da pressão sonora, diminuição da biodiversidade, desmate e ainda a sobrecarga da infraestrutura urbana das cidades. Para compensar os eleitos negativos, a empresa faz estudos e deve apontar soluções para minimização dos impactos. </p>
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<strong>Recolhimento de impostos</strong></p>
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Durante a audiência pública não foi aprofundado sobre questões relativas ao direcionamento dos impostos gerados pelo projeto . O que se sabe é que 79% da Expansão Oeste de Brucutu ficará dentro de Barão de Cocais e 21% dentro de São Gonçalo. Com isso, basicamente os municípios dividirão os impostos e os royalties de acordo com a proporção territorial.</p>
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<strong>Manifestações</strong></p>
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Após pronunciamento dos representantes da empresa foi franqueada a palavra. O secretário de Meio Ambiente de São Gonçalo do Rio Abaixo, Ernane Gonçalves Torres sugeriu que uma compensação ambiental seja feita também no município de São Gonçalo do Rio Abaixo falando sobre a necessidade da criação de um parque municipal, reabilitação da unidade ambiental de Peti, investimento em unidade de tratamento de água e em plano municipal de saneamento e ainda em programas de monitoramento da qualidade do ar.</p>
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Outras manifestações nos bastidores apresentaram preocupação quanto a uma possível queda na receita de São Gonçalo, fato que, segundo informações, não ocorrerá em um primeiro momento.</p>