02/06/2014 15h12
Parque Nacional do Capara? completa 53 anos
<p>
Criado em 1961 pelo decreto federal nº 50.646, o Parque Nacional do Caparaó completou 53 anos de idade. Região de belas montanhas, o parque convida o visitante a respirar ar puro, se deliciar com banhos de cachoeiras e piscinas naturais e observar deslumbrantes visuais da Serra do Caparaó, com direito a presenciar espetáculos únicos do alvorecer ao pôr do sol. Além disso, é um dos ícones do montanhismo no Brasil, abrigando cinco dos dez picos mais altos de todo território nacional, com destaque para o Pico da Bandeira, o terceiro mais alto do país.</p>
<p>
Localizado na divisa dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o parque abrange quatro municípios mineiros (Alto Caparaó, Caparaó, Alto Jequitibá e Espera Feliz) e cinco capixabas (Dores do Rio Preto, Divino São Lourenço, Ibitirama, Iúna, Irupi). Estende-se por uma área de 31.800 hectares, com uma das mais representativas reservas de Mata Atlântica do país. O parque guarda ainda importante patrimônio geológico, nascentes de importantes bacias hidrográficas e diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.</p>
<p>
O Parque Nacional do Caparaó recebe em média 30.000 visitantes por ano e dispõe ainda outros atrativos, entre trilhas, vales e pontos de observação de aves. Conta com ampla estrutura de apoio à visitação composta por centro de visitantes, sistema de trilhas, áreas de acampamento e lazer estruturadas com banheiros públicos, lava pratos e pias, churrasqueiras, lixeiras e postos de guarda.</p>
<p>
Além do uso público da visitação, o Parque Nacional do Caparaó se destaca pelo apoio ao desenvolvimento de pesquisas científicas, figurando como uma das Unidades de Conservação com maior número de pesquisas autorizadas no país.</p>
<p>
Para o gestor da Unidade de Conservação, Anderson Nascimento, o parque completa 53 anos repleto de novos desafios. “A Unidade está finalizando a revisão de seu Plano de Manejo, com o qual a instituição pretende alcançar novos patamares de estruturação e gestão, ampliando a oferta de novos atrativos e serviços, potencializando a integração do parque com a comunidade do entorno e com os processos de desenvolvimento na região do Caparaó”, afirma Nascimento.</p>
<p>
<strong>História</strong>. Em 1859, o imperador D. Pedro II ordenou que fosse colocada uma bandeira do império no pico mais alto da Serra do Caparaó. Acredita-se que o nome Pico da Bandeira tenha aí a sua origem. A Serra do Caparaó foi também palco da Guerrilha do Caparaó (1966-1967). Inspirada na guerrilha Sierra Maestra, foi a primeira insurgência armada contra o regime militar no Brasil. Promovida pelo <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Nacionalista_Revolucion%C3%A1rio" target="_blank" title="Movimento Nacionalista Revolucionário">Movimento Nacionalista Revolucionário</a> (MNR), a guerrilha contou com o apoio financeiro <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cuba" target="_blank" title="Cuba">cubano</a>, obtido através de negociações entre o ex- governador do Rio de Janeiro, <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Leonel_Brizola" target="_blank" title="Leonel Brizola">Leonel Brizola</a>, auxiliado pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_Popular_(esquerda_crist%C3%A3)" target="_blank" title="Ação Popular (esquerda cristã)">Ação P</a>opular (esquerda cristã) e pelo governo de Cuba. Sem o apoio de Cuba, que preferiu apoiar Carlos Marighella, o movimento perdeu força e, em abril de 1967, foi debelado pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADcia_Militar_de_Minas_Gerais" target="_blank" title="PolÃcia Militar de Minas Gerais">Polícia Militar de Minas Gerais</a>. Os guerrilheiros, cerca de 20 homens esgotados e famintos, alguns bastante debilitados pela <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Peste_bub%C3%B4nica" target="_blank" title="Peste bubônica">peste bubônica</a>, foram todos presos.</p>