13/05/2014 10h35
Audi?ncia p?blica sobre Leishmaniose tem ampla participa??o popular
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Na última sexta-feira, 9, a Câmara Municipal realizou audiência pública para discutir a Leishmaniose. A solicitação foi feita por meio de requerimento apresentado pelo vereador Telles Superação (PSC), aprovado na reunião do dia 16 de abril.</p>
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Além de Telles, que é presidente da Comissão de Saúde da Casa, participaram do evento os vereadores Leles Pontes (PRB), Carlos Gomes (PSB), Belmar Diniz (PT) e o presidente da Câmara, Guilherme Nasser (PSDB). Os demais vereadores justificaram ausência. A audiência pública também reuniu a secretária municipal de Saúde, Andréia Peixoto; representantes da Vigilância em Saúde (Visa) e de diversas entidades, além de profissionais da área.</p>
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Na ocasião, o médico Vitor Márcio Ribeiro, de Belo Horizonte, que é especialista em Leishmaniose, falou sobre os diversos tipos da doença, como a mesma é transmitida e o que deve ser feito para combater a doença.</p>
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Segundo Vitor, a Leishmaniose afeta o homem e animais domésticos e silvestres. Ao contrário do que muitos pensam, a doença não é transmitida do animal para o ser humano, mas pela picada de insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 12 milhões de pessoas no mundo sofrem de algum tipo de Leishmaniose. Por ano, são diagnosticados cerca de dois milhões de novos casos da doença.</p>
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O Brasil está entre os países com maior incidência dos diversos tipos da doença. De acordo com dados apresentados por Vitor, o aumento nos casos de Leishmaniose Visceral é causado, em especial, pela presença constante de cães como fonte de amplificação na infecção. No país, são diagnosticados por ano de 3 a 4 mil novos casos humanos desse tipo da doença.</p>
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Para o especialista, o controle da doença deve ser feito da seguinte forma: diagnóstico e tratamento humano e controle vetorial. "No Brasil, o foco tem sido a eliminação de cães soropositivos ou doentes. Contudo, essa deve ser a última alternativa à qual se deve recorrer", ressaltou. Conforme relatado por Vitor, os resultados demonstram que programas de eliminação canina não reduzem a incidência da infecção da Leishmaniose entre os cães, mesmo quando a intervenção é otimizada.</p>
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Telles destacou a ampla participação popular. "Isso demonstra a vontade popular em discutir uma questão, inclusive de saúde pública", disse. Já Guilherme ressaltou a parceria entre a Câmara e a sociedade. "Esta Casa sempre estará aberta para discutir junto com a comunidade melhorias para a cidade. É sempre bom ver a população como parceira para discutir e elaborar políticas públicas junto ao Legislativo", declarou.</p>
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Ao fim do encontro, foi discutida a possibilidade de se criar uma Frente Parlamentar de Combate à Leishmaniose no município. O objetivo é acompanhar de perto a situação da doença em Monlevade e apresentar ações que diminuam o surgimento de novos casos.</p>