Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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01/04/2014 17h34

Hamb?rgueres e Zonas

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<p> O normal seria trocarmos uma id&eacute;ia sobre essa peste chamada ditadura militar (em letras min&uacute;sculas, sempre). Por&eacute;m, a efem&eacute;ride (50 anos do golpe) est&aacute; nas palavras de gente muito mais bacana e sabida do que eu, assim, descanso minha colher. N&atilde;o importa. Trouxe algo quente para voc&ecirc;s, uma descoberta que envolve hamb&uacute;rgueres e zonas.</p> <p> Durante o tempo de levita&ccedil;&atilde;o, esse que vai dos 15 aos 20 e tantos, certa vez escutei uma afirma&ccedil;&atilde;o corajosa na zona: &ldquo;Se voc&ecirc; estiver comendo um hamb&uacute;rguer aqui e ele despencar, voc&ecirc; tem cinco segundos pra pegar antes de sujar&rdquo;. Pois &eacute;... Perturbador. Quem disse foi um zoneiro que virou funcion&aacute;rio, j&aacute; de cara gerente, rapaz s&eacute;rio, mostrava pouco os dentes. Cargo de responsa, administra&ccedil;&atilde;o do estoque, fluxo de caixa, motiva&ccedil;&atilde;o da equipe, modera&ccedil;&atilde;o de conflitos, tudo nas costas dele. N&atilde;o cheguei a perguntar quem em s&atilde; consci&ecirc;ncia come hamb&uacute;rguer na zona. Ignorei, agi com desd&eacute;m, nunca mais me lembrei disso.</p> <p> A&iacute; que t&aacute;! Essa sabedoria mundana, certeira, e mais compartilhada do que pornografia, comprovou-se a partir da ci&ecirc;ncia. Li no site <a href="http://www.vice.com/">www.vice.com</a> - muito bacana - que pesquisadores da Universidade Aston, em Birminghan, l&aacute; do outro lado do lago&atilde;o, confirmaram que <a href="http://www.vice.com/pt_br/read/eu-como-comida-do-chao-e-tenho-orgulho-disso">o tempo de contato entre o alimento e o ch&atilde;o</a> &eacute; decisivo para a contamina&ccedil;&atilde;o bacteriana.</p> <p> Eles estudaram a transfer&ecirc;ncia de <em>E-Coli </em>e estafilococo-dourado (isso deve sobreviver s&oacute; na bosta da Xuxa) para uma gama de alimentos, em diversos pisos, variando o tempo de exposi&ccedil;&atilde;o entre 3 e 30 segundos. Caixa. A rela&ccedil;&atilde;o existe e &eacute; fator de peso para a invas&atilde;o. O nobre gerente sabia do que falava.</p> <p> O trabalho dos estudiosos foi al&eacute;m. A coisa toda depende tamb&eacute;m do revestimento do ch&atilde;o. Por exemplo, em um piso de madeira, o limite de toler&acirc;ncia &eacute; cinco segundos. Tem muita zona por a&iacute; com piso de madeira, aten&ccedil;&atilde;o marinheiros. Sal&atilde;o com carpete, coisa mais rara, &eacute; o que d&aacute; mais prazo, sei l&aacute;, uns 23 segundos. T&aacute; legal.</p> <p> Os acad&ecirc;micos tamb&eacute;m perguntaram para uma turma de n&atilde;o sei quantos se eles devoravam comida do ch&atilde;o. Vejam bem, n&atilde;o perguntaram especificamente sobre hamb&uacute;rguer do ch&atilde;o de zona, mas ainda assim o dado &eacute; revelador: 87% dos entrevistados disseram sim &agrave; porcaria (eu tamb&eacute;m). Mais da metade (55%) desse mundo de largados e destemidos &eacute; feita de mulher, fa&ccedil;a-se o registro.</p> <p> Esse comportamento de comer do ch&atilde;o, inclusive, &eacute; mais antigo que a institui&ccedil;&atilde;o zona. Nosso organismo foi moldado &agrave;s marteladas por um ataque cont&iacute;nuo de seres microsc&oacute;picos, sendo que grande parte deles entrou pela boca. Isso criou resist&ecirc;ncia, tornou-nos fortes demais. Alcan&ccedil;amos a excel&ecirc;ncia de suportar um X-Egg-Bacon sem maiores consequ&ecirc;ncias.</p> <p> Coloca&ccedil;&otilde;es feitas, sobre o gerente, n&atilde;o sei por onde anda. Talvez tenha rumado para a capital para tentar a vida na Guaicurus (calma), controlando quem sobe e quem desce pelas escadarias mais plurais do Brasil. Para a Guaicurus todos v&atilde;o, de esfolados a engravatados. Ele tinha curr&iacute;culo para encarar o servi&ccedil;o.</p> <p> Quando nos aproximamos do ponto final, como acontece agora, &eacute; de bom tom inserir alguma conclus&atilde;o digerida a partir da farofa, quem sabe uma constata&ccedil;&atilde;o maneira. Dessa vez, sinceramente, n&atilde;o sei a que se prestam as informa&ccedil;&otilde;es veiculadas. Fato &eacute; que valorizei a descoberta acima da medida, confesso. Pode ser que tenham serventia em alguma parte de sua vida, tudo h&aacute; de ter. No m&iacute;nimo, tento tranquiliz&aacute;-los.</p> <p> Aproveitando o esquema do hamb&uacute;rguer, deixo outro recado: o copo lagoinha na zona &eacute; perigoso, por&eacute;m, inevit&aacute;vel. Acostume-se, confie. Voc&ecirc; &eacute; resistente como um encoura&ccedil;ado. V&aacute; viver!</p> <p> <strong>PS:</strong>Por favor, nunca perca tempo ejetando o <em>pen drive </em>da maneira certinha</p>

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