Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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29/03/2014 13h04

Movimento Min?rio Justo Nosso Marco

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<p> Indignados com o atraso na vota&ccedil;&atilde;o do novo marco da minera&ccedil;&atilde;o (PL 5.807/2013) e com os preju&iacute;zos financeiros de R$ 4 bilh&otilde;es sofridos pelas cidades e estados mineradores, os prefeitos mineiros decidiram se unir ao Movimento Min&eacute;rio Justo Nosso Marco para protestarem em um ato p&uacute;blico, que ser&aacute; realizado no pr&oacute;ximo 2 de abril, a partir de 14h horas, na Pra&ccedil;a Tiradentes, em Ouro Preto. &ldquo;Escolhemos esse local, porque h&aacute; quase tr&ecirc;s anos, na cerim&ocirc;nia do Dia de Tiradentes, a presidenta Dilma Rousseff se comprometeu em enviar para o Congresso Nacional o novo marco, mas infelizmente por press&atilde;o da comiss&atilde;o parlamentar criada pela C&acirc;mara dos Deputados para discutir as regras propostas pelo governo federal para atualizar as formas de cobran&ccedil;a e fiscaliza&ccedil;&atilde;o no setor mineral, em setembro de 2013, Dilma retirou a urg&ecirc;ncia constitucional do novo c&oacute;digo da minera&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explica o presidente da AMIG, Celso Cota. A iniciativa &eacute; da Associa&ccedil;&atilde;o dos Munic&iacute;pios Mineradores de Minas Gerais (AMIG) e tem o apoio da Associa&ccedil;&atilde;o dos Munic&iacute;pios Mineradores Brasileiros (AMIB) e da Associa&ccedil;&atilde;o Nacional dos Munic&iacute;pios Mineradores (ANAMUP).</p> <p> Com a aprova&ccedil;&atilde;o do novo marco regulat&oacute;rio, as mineradoras seriam obrigadas a aumentar o valor da Compensa&ccedil;&atilde;o Financeira pela Explora&ccedil;&atilde;o de Recursos Financeiros (CFEM) que, no caso do min&eacute;rio de ferro, passaria de 2% do valor l&iacute;quido da venda da subst&acirc;ncia para 4% do seu valor bruto. De acordo com Cota, com aumento da CFEM, os munic&iacute;pios mineradores teriam mais recursos para investir em sa&uacute;de, educa&ccedil;&atilde;o, infraestrutura urbana, atra&ccedil;&otilde;es de novas empresas para as cidades, dentre outras benfeitorias que refletem diretamente na qualidade de vida da popula&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Em contrapartida, com a morosidade na aprova&ccedil;&atilde;o da lei acarreta em grandes preju&iacute;zos que aumentam cerca de R$ 200 milh&otilde;es a cada m&ecirc;s. Para ser ter uma id&eacute;ia, em 2013 as perdas foram da ordem de R$ 910 milh&otilde;es&rdquo;. Ele acrescenta que os tr&ecirc;s munic&iacute;pios mineiros que tiveram os maiores preju&iacute;zos financeiros nos &uacute;ltimos cinco anos com a demora foram Nova Lima, Itabira e Mariana com os valores de R$ R$ 733,9 milh&otilde;es, R$ 646,3 milh&otilde;es e R$ 540,6 milh&otilde;es, respectivamente. &ldquo;S&oacute; em Ouro Preto mais de R$ 165 milh&otilde;es deixaram de ser investidos na cidade&rdquo;, destaca o presidente da AMIG.</p> <p> <strong>Futuro incerto das cidades</strong></p> <p> Al&eacute;m dos danos ambientais causados pela explora&ccedil;&atilde;o mineral nos munic&iacute;pios, como, por exemplo, a polui&ccedil;&atilde;o dor ar, causadora de doen&ccedil;as respirat&oacute;rias graves em adultos e crian&ccedil;as, uma das principais preocupa&ccedil;&otilde;es das prefeituras se refere ao futuro das cidades com o encerramento das atividades miner&aacute;rias. &ldquo;O mineral &eacute; uma mat&eacute;ria prima exaur&iacute;vel, ou seja, que ir&aacute; se esgotar algum dia e isso pode causar grandes impactos socioecon&ocirc;micos para a popula&ccedil;&atilde;o,&rdquo; comenta Cota.</p> <p> Um exemplo &eacute; o caso de Fortaleza de Minas, cidade do interior de Minas Gerais que se encontra em uma situa&ccedil;&atilde;o deplor&aacute;vel com o fim da minera&ccedil;&atilde;o em seu territ&oacute;rio. Segundo a Prefeita Neli Le&atilde;o, com a baixa arrecada&ccedil;&atilde;o dos royalties da minera&ccedil;&atilde;o que atualmente &eacute; de 2%, n&atilde;o foi poss&iacute;vel investir na revitaliza&ccedil;&atilde;o da cidade e na transforma&ccedil;&atilde;o da economia local. &ldquo;N&atilde;o temos condi&ccedil;&atilde;o de nos reerguer, pois 12% da nossa popula&ccedil;&atilde;o est&aacute; desempregada, o que est&aacute; afetando diretamente o nosso com&eacute;rcio e o or&ccedil;amento da prefeitura&rdquo;, explica.</p> <p> Outro munic&iacute;pio prejudicado ap&oacute;s o t&eacute;rmino da atividade miner&aacute;ria &eacute; Raposos, que seu tornou uma cidade dormit&oacute;rio, onde grande parte da popula&ccedil;&atilde;o tem que sair do munic&iacute;pio para encontrar trabalho.</p> <p> <strong>Menor royalty mineral do mundo</strong></p> <p> Mesmo sendo um dos principais exportadores de mat&eacute;ria prima do mundo, o Brasil tem o menor royalty mineral, em torno de 0,2 a 3%. &ldquo;Esse valor de arrecada&ccedil;&atilde;o &eacute; muito pequeno, considerando que a popula&ccedil;&atilde;o &eacute; a verdadeira propriet&aacute;ria das riquezas do nosso subsolo. Al&eacute;m disso, a atividade de explora&ccedil;&atilde;o mineral provoca uma s&eacute;rie de impactos e desequil&iacute;brios que precisam ser mitigados com pol&iacute;ticas p&uacute;blicas eficientes, de modo que a riqueza do povo volte para o mesmo na forma de desenvolvimento econ&ocirc;mico, social e ambiental, a fim de que seja poss&iacute;vel melhorar a qualidade de vida do cidad&atilde;o&rdquo;, argumenta Cota. As entidades reivindicam que no novo marco esteja estabelecida uma melhor al&iacute;quota de arrecada&ccedil;&atilde;o, que chegue a 4% sobre o valor bruto da venda.</p>

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