21/03/2014 15h21
Deslizamento no Areia Preta completa 3 meses
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O deslizamento no bairro Areia Preta - ocorrido com as chuvas do fim do ano passado, exatamente dia 20 de dezembro, que levaram metade da pista da avenida Getúlio Vargas, naquele bairro, completou ontem, 20, exatos três meses de inércia e descaso do poder público.</p>
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Os moradores do Areia Preta se apresentam indignados com a situação e criticam a ArcelorMittal e prefeitura que, segundo eles, estariam sendo coniventes com o transporte pesado naquele trecho.</p>
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A prefeitura proibiu o tráfego acima de 5 toneladas, colocando faixas ao longo das avenidas, mas não disponibilizou fiscalização para coibir transgressores, que, segundo informações - diante irregularidades de carga, evitam passar pela barreira da PRF e com isso o trânsito pesado continua aumentando os riscos no trecho já prejudicado.</p>
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Segundo os moradores esse tráfego seria de responsabilidade da ArcelorMittal, o que é veementemente negado pela empresa.</p>
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"Além de não mexerem uma palha para resolver o problema, fazem vistas grossas diante o caos que se instalou no local com o tráfego pesado", dispara um morador revoltado.</p>
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"O trecho envolvido continua instável e a pista continua caindo", informaram alguns moradores à reportagem do Bom Dia: "A pista está ficando cada vez mais estreita - colocando em risco a vida de transeuntes. pedestres e moradores, que estão vendo suas casas sofrerem abalos e trincas com esse tráfego pesado".</p>
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Ainda conforme os moradores, eles estão se organizando, promovendo um abaixo assinado e material fotográfico que comprovam o agravamento do problema.</p>
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Segundo eles, esse material estará sendo entregue à Promotoria Pública e os moradores estarão buscando um possível mandato de segurança contra a prefeitura e a ArcelorMittal, já que até o momento - 90 dias depois, nada foi de concreto realizado.</p>
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<strong>ArcelorMittal se defende</strong></p>
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"Não há absolutamente nenhum fundamento nas acusações feitas à ArcelorMittal Monlevade¨, informou a assessoria da empresa.</p>
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Segundo a empresa, antes mesmo da restrição de tráfego no local, determinada pela prefeitura, a mesma já havia retirado "totalmente de circulação na área todas as carretas a seu serviço".</p>
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"Essa medida foi tomada a partir do mesmo dia em que o deslizamento de terra aconteceu no local", informaram.</p>
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Continuando a assessoria informou que todas as carretas a serviço da ArcelorMittal Monlevade estaraim entrando e saindo da usina pela Portaria 8, localizada próximo à estrada que liga Monlevade a Itabira. Outro caminho utilizado ocasionalmente, nesse caso para a expedição de produtos da usina, tem sido a antiga Estrada da Candeia, em Bela Vista de Minas.</p>
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"No caso da utilização da Portaria 8, as carretas que chegam à usina entram na região do Forninho e acessam a portaria pela estrada de Itabira. A partir da portaria, usam estrada interna da usina. Para a saída, usam o mesmo caminho, em fluxo inverso. Não passam, portanto, pelo bairro Areia Preta", diz a assessoria.</p>
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Ainda conforme a assessoria, para viabilizar essas rotas alternativas, a empresa teria tomado uma série de medidas operacionais, depois de obter autorização para isso junto a diversos órgãos, como o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais, Polícia Rodoviária Federal e Prefeitura de Bela Vista de Minas.</p>
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"Como se pode constatar, portanto, a ArcelorMittal não está e nunca foi conivente com qualquer situação incorreta ou que prejudicasse a comunidade", conclui a assessoria se colocando à disposição para esclarecimentos.</p>
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<strong>Prefeitura se cala</strong></p>
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Diante os questionamentos enviados à Assessoria da Prefeitura de Monlevade, a mesma, como tem sido prática da mesma, não se manifestou, preferindo o silêncio à encarar o problema de frente. </p>