25/02/2014 09h10
D? constr?i os instrumentos, Bad? comp?e e os dois encatam
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Composições e instrumentos originais. Letras produzidas em uma varanda de uma antiga fazenda e instrumentos fabricados artesanalmente, violões, violas, bandolins e até um de dois braços – violão e viola em um só – tudo isso é o mundo musical da dupla caipira Dé e Badé.</p>
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Uma descoberta de Carlos Sartori, o Carlinhos, que vendo o potencial dos amigos na Fazenda Tomaz Pinto, comentou com o jornalista Robson Machado do Tribuna do Prata sobre uma dupla caipira em que um dos membros fabrica os próprios instrumentos.</p>
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A convite de Carlinhos, Robson Machado foi até a fazenda e fez o primeiro registro da dupla e daí em diante a coisa se espalhou.</p>
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<strong>O “Dé Viola”</strong></p>
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José Pascoal Gomes, 56, conhecido popularmente por “Dé Viola”, nascido em Santa Cruz do Esvalvado, mas radicado em Sabará e há 10 anos trabalhando em São Domingos do Prata.</p>
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Pedreiro de profissão, Dé é daqueles profissionais que na verdade fazem de tudo – carpinteiro, bombeiro, eletricista e por aí vai.</p>
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Mas onde entra aí a história dele fabricar instrumentos de corda?</p>
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Dé conta que seu pai era violeiro mas não deixava ninguém colocar a mão em seu violão. Querendo aprender a tocar o instrumento ele resolveu fazer o seu próprio, que, segundo ele, o tem até hoje.</p>
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Casado e pai do Bruno Gomes, Dé conta que após ter feito o primeiro violão, não mais mexeu na arte de Lutheria, até que a pedido do filho construiu mais um violão e daí prá cá não parou mais e há 10 anos vem construindo instrumentos sob encomenda. Daí nasceu o apelido de “Dé Viola”.</p>
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<strong>Badé</strong></p>
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Ney Arthuso, 57, morador e proprietário da Fazenda Tomaz Pinto, descendente de italianos, até recentemente criava gado leiteiro além de produzir uma “cachacinha pra consumo”.</p>
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Entretanto, conforme informou, um problema de coluna interrompeu a lida com o trabalho de ordenha o que veio a forçá-lo a mudar o foco da produção da fazenda.</p>
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Diante do fato Ney optou pela cultura do eucalipto e horticultura, onde atualmente iniciou uma cultura de quiabo.</p>
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Com a mudança de produção da fazenda, Ney começou a ficar com tempo ocioso, já que o eucalipto, após a primeira fase da cultura, é só esperar.</p>
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Diante desse tempo de sobra, ao cair da tarde, Ney se juntava a Dé na varanda ou na cozinha da fazenda, para um “dedo de prosa”, enquanto Dé tocava seu violão.</p>
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Um dia, diante uma canção de autoria de Dé , o amigo “Fernandão” brincou que a música precisava de uma letra, quando Ney disse que iria compor.</p>
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Daí foi composta a letra “Vem cá morena” e nasceu também a dupla “Dé & Badé” e Ney Arthuso não parou mais de compor.</p>
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Sentado em um banco na varanda e usando uma antiga carteira de escola rural, “Badé” passa horas e horas a fio compondo as canções da dupla que já conta com dezenas de trabalhos.</p>
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<strong>Disseminando a arte caipira</strong></p>
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Diante da qualidade e originalidade da dupla, Robson Machado começou a divulgá-la pelos quatro cantos e convidou o Bom Dia para fazer uma matéria com a mesma e ainda a levou no programa do Tangará.</p>
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O Bom Dia compareceu a fazenda e também reconhecendo a qualidade dos músicos contatou a empresa parceira F-Imagens para que fosse gravado um documentário da dupla, o que foi feito e já se encontra no ar no site da F-Imagens e no Bom Dia Online.</p>
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Agora a F-Imagens irá gravar um Clip promocional da dupla e o seu primeiro CD.</p>
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Vale ressaltar uma composição da dupla, “O mundo gira na cabeça do caipira”, que promete virar hit nacional.</p>