Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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10/02/2014 09h44

Mais aventuras: Z? do Pedal come?ou uma caminhada de 10.700km

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<p> O ativista mineiro, Jos&eacute; Geraldo de Souza Castro, Z&eacute; do Pedal, 56, membro do Lions Clube de Vi&ccedil;osa, saiu de Boa Vista, Roraima, dando in&iacute;cio ao seu novo projeto: &ldquo;Extremas Fronteiras &ndash; Barreiras Extremas&rdquo; (Cruzada pela Acessibilidade). Uma caminhada, de 10.700km, empurrando uma cadeira de rodas, saindo de Uiramut&atilde;, Fronteira norte com a Venezuela, passando por 20 estados brasileiros: Roraima, Amazonas, Par&aacute;, Maranh&atilde;o, Piau&iacute;, Cear&aacute;, Rio Grande do Norte, Para&iacute;ba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Goi&aacute;s, Bras&iacute;lia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, S&atilde;o Paulo, Paran&aacute;, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.</p> <p> A Caminhada come&ccedil;ou &agrave;s 10 da manh&atilde; e contou com a presen&ccedil;a de autoridades local.</p> <p> Para chegar at&eacute; Boa Vista Z&eacute; do Pedal, que est&aacute; hospedado no Aipana Plaza Hotel, e sua equipe levaram 3 semanas em seu carro de apoio. A demora em chegar at&eacute; a capital roraimense foi devido aos contratempos na viagem de barco entre Porto Velho e Manaus. &ldquo;entre conseguir o barco em Porto Velho e chegar &agrave; capital amazonense levamos 11 dias. Apenas a viagem em barco foi de oito dias. Lamento haver adiado o projeto em uma semana (a previs&atilde;o de sa&iacute;da era 3 de fevereiro), mas contratempos existem e fazem parte do nosso dia-a-dia. Tenho certeza que a mudan&ccedil;a da data n&atilde;o ir&aacute; fazer diferen&ccedil;a no resultado final do projeto&rdquo;. Indicou Z&eacute; do Pedal, quem foi recebido em Boa Vista pelo casal ex-governador do Distrito LA-1 Iracyrema da Costa Neves e Paulo Xavier de Azevedo, pelo presidente do Lions Clube Boa Vista Centro e outros membros do Lionismo roraimense, onde o ativista cumpriu extensa agenda que incluiu visitas a autoridades, inaugura&ccedil;&atilde;o de escola e reuni&atilde;o do Lions Clube Boa Vista Centro, onde o ativista, ap&oacute;s proferir palestra sobre Leonismo e sobre acessibilidade foi agraciado com uma placa alusiva &agrave; comemora&ccedil;&atilde;o do 45 anivers&aacute;rio do clube.</p> <p> Estamos felizes com a receptividade e agradecemos o apoio que as pessoas nos tem dado, pois apesar da import&acirc;ncia social do projeto n&atilde;o conseguimos patroc&iacute;nio para realizar toda a jornada. O valor que conseguimos permitir&aacute; manter o projeto at&eacute; a primeira quinzena de mar&ccedil;o, tempo suficiente para buscar novos apoios. Tamb&eacute;m estamos vendendo cotas de patroc&iacute;nio de 10 reais &ldquo;a pessoa doa 10 reais para o projeto e recebe um certificado de patroc&iacute;nio de um quil&ocirc;metro. Tenho certeza que conseguirei culminar a jornada&rdquo;. Concluiu agradecendo ao gerente do Aipana Plaza Hotel que cedeu alimenta&ccedil;&atilde;o e hospedagem para a equipe durante sua perman&ecirc;ncia em Boa Vista.</p> <p> &nbsp;A caminhada ter&aacute; um ano de dura&ccedil;&atilde;o e culminar&aacute; em fevereiro de 2015, na cidade de Chu&iacute;, fronteira Sul do Brasil com Uruguai.</p> <p> Durante a caminhada, na qual ser&atilde;o dados 150 milh&otilde;es de passos, ser&atilde;o distribu&iacute;das cartilhas, em formato digital, sobre a Conven&ccedil;&atilde;o da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Defici&ecirc;ncia, e, ao mesmo tempo, em parceria com os Lions Clubes do Brasil e ONGs realizar projetos e palestras em escolas nas comunidades visitadas visando atrair a aten&ccedil;&atilde;o sobre um dos principais problemas que afetam &agrave;s pessoas com necessidades especiais: as barreiras arquitet&ocirc;nicas.</p> <p> De acordo com o ativista, o projeto, tem como objetivo prec&iacute;puo entregar, nas C&acirc;maras Legislativas dos Munic&iacute;pios a serem visitados, uma proposta de Projeto-Lei sobre Normas de Acessibilidade e outra para a cria&ccedil;&atilde;o de Conselhos Municipais dos Direitos da pessoa com Defici&ecirc;ncia e o de conscientizar as pessoas, principalmente aquelas com poderes de decis&atilde;o, a terem mais respeito com as pessoas deficientes (hoje em dia podem-se ver pessoas em cadeiras de rodas impossibilitadas de entrar em um banco ou setor publico, por falta de rampas de acesso ou de elevadores). E, projetar uma imagem diferente das pessoas com defici&ecirc;ncias que n&atilde;o gere pena, sen&atilde;o Igualdade - Dignidade &ndash; Respeito, pois apenas eliminando as barreiras arquitet&ocirc;nicas e sociais que dificultam &agrave;s pessoas deficientes a participarem ativamente em todos os aspectos da vida social teremos um mundo mais justo e mais humano.</p> <p> A id&eacute;ia do projeto nasceu em junho de 2008, durante a viagem rumo a Johanesburgo, quando, na passagem pela cidade de Le&oacute;n, no &ldquo;Caminho Franc&ecirc;s&rdquo;, da rota de peregrina&ccedil;&atilde;o de Santiago de Compostela, em um dado momento escutei uma voz feminina dizendo: &quot;No puedo&quot; (n&atilde;o posso). Era uma jovem em uma cadeira de rodas tentando subir um pequeno passeio de 15 cm de altura. &ldquo;Aquela cena me chocou de uma maneira tal que me fez come&ccedil;ar a refletir sobre a situa&ccedil;&atilde;o das pessoas com necessidades especiais no meu Pa&iacute;s, onde, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE-2000) e do Banco Mundial, existem cerca de 24.5 milh&otilde;es de portadores de alguma forma de defici&ecirc;ncia. Em mi&uacute;dos, 14,5% da popula&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p> O projeto buscar&aacute;, ainda, estimular os munic&iacute;pios a promoverem programas de sensibiliza&ccedil;&atilde;o sobre as condi&ccedil;&otilde;es das pessoas com defici&ecirc;ncias e os seus direitos; conscientizar a popula&ccedil;&atilde;o quanto ao respeito em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s pessoas fisicamente incapacitadas; fomentar em todos os n&iacute;veis do sistema educativo o respeito ao direito das pessoas com defici&ecirc;ncia; incentivar a sociedade &agrave; reflex&atilde;o sobre a realidade dos deficientes, contribuindo, assim, com a redu&ccedil;&atilde;o do estigma, da discrimina&ccedil;&atilde;o e da marginaliza&ccedil;&atilde;o das pessoas com mobilidade condicionada e outras defici&ecirc;ncias; sugerir normas t&eacute;cnicas, visando &agrave; elimina&ccedil;&atilde;o de barreiras urban&iacute;sticas e arquitet&ocirc;nicas nos edif&iacute;cios p&uacute;blicos e privados, equipamentos coletivos (banheiros, caixa autom&aacute;tico, etc.) e via p&uacute;blica; angariar fundos visando a entregar, durante e ap&oacute;s a caminhada, aos Lions Clubes, cadeiras de rodas, pr&oacute;teses, aparelhos ortop&eacute;dicos, medicamentos, etc., e, chamar &agrave; aten&ccedil;&atilde;o, ao longo dos 10.700km, sobre as barreiras f&iacute;sico-urbanas encontradas em nossas cidades e injustamente impostas aos deficientes.</p> <p> <strong>Companheiros de Viagem</strong></p> <p> Ap&oacute;s trinta e cinco anos viajando sempre sozinho, desta vez o ativista ter&aacute; dois novos companheiros de viagem que ser&atilde;o volunt&aacute;rios no projeto: O estudante de Engenharia El&eacute;trica Adilson Pereira dos Santos Jr. 24, natural de Vit&oacute;ria da Conquista, Bahia, que realizou em 2012 um Projeto Educacional dando aulas praticas e te&oacute;ricas de inform&aacute;tica para crian&ccedil;as de 8 &agrave; 14 anos.</p> <p> Z&eacute; do Pedal informou, que a experi&ecirc;ncia do Adilson em atendimento geral a clientes em uma empresa de seguros vai contribuir e muito na rela&ccedil;&atilde;o inter-pessoal do projeto e nas palestras nas escolas e sua forma&ccedil;&atilde;o em Inform&aacute;tica facilitar&aacute; a cria&ccedil;&atilde;o e elabora&ccedil;&atilde;o de material tanto pra divulga&ccedil;&atilde;o para os meios de comunica&ccedil;&atilde;o quanto a que ser&aacute; postada no site oficial da caminhada.</p> <p> O Outro companheiro &eacute; paulista Vinicius Matsumoto, 24, engenheiro mec&acirc;nico, quem, ap&oacute;s concluir a universidade, resolveu dar um &ldquo;passeio pelo mundo em bicicleta&rdquo;. Vinicius, que trabalha a 3 anos na ONG TETO (que constr&oacute;i casas de emerg&ecirc;ncia em comunidades carentes de S&atilde;o Paulo e Rio de Janeiro) passar&aacute; 1 ano no projeto e ao chegar ao Chu&iacute; pegar&aacute; a bicicleta, sobe at&eacute; o Canad&aacute; e de l&aacute; segue at&eacute; a &Aacute;sia. &ldquo;Quero me envolver mais com as culturas e pessoas, conhecer as culturas dos povos mais profundamente, estudar e trazer de volta ao presente o conhecimento dos antigos, em que as pessoas estavam mais ligadas entre si e a natureza&rdquo;. Finalizou Vinicius</p> <p> &nbsp;</p> <p> <strong>Quem &eacute; Z&eacute; do Pedal</strong></p> <p> 145.000km de pedaladas ao redor do mundo</p> <p> Fot&oacute;grafo, t&eacute;cnico em turismo, ativista social, ambientalista e ciclista, o mineiro de Guaraciaba e cidad&atilde;o honor&aacute;rio de Vi&ccedil;osa, Jos&eacute; Geraldo de Souza Castro, realiza, h&aacute; 30 anos, inusitadas aventuras ao redor do mundo.</p> <p> A historia do Z&eacute; do Pedal come&ccedil;a em novembro de 1981, quando decidiu viajar do Brasil &agrave; Espanha, em bicicleta, para assistir a copa do mundo de futebol &ldquo;Espanha &lsquo;82&rdquo;, onde a Sele&ccedil;&atilde;o brasileira, igual que em Joanesburgo, n&atilde;o teve l&aacute; muita sorte. E em uma tarde gris, na cidade de Barcelona, o Brasil caia aos p&eacute;s da It&aacute;lia, dando adeus ao sonho do Tetracampeonato. A bordo do transatl&acirc;ntico que o levou de volta ao Rio de Janeiro, Z&eacute; do Pedal foi sonhando com uma volta ao mundo em bicicleta. Pronto, a partir dai, n&atilde;o parou mais. Daquele long&iacute;nquo novembro at&eacute; hoje, visitou 73 paises em cinco Continentes, percorreu 145.000km a &ldquo;base de pedaladas&rdquo;, assistiu a tr&ecirc;s copas do mundo de futebol, passou por quatro guerras civis, enfrentou chuvas monzonicas, terremotos, sobreviveu a cinco furac&otilde;es, venceu uma maratona, em Lima, Peru. Visitou ilhas paradis&iacute;acas e conheceu os sofrimentos de crian&ccedil;as e adultos em campos de refugiados da guerra do Vietnam. Uma guerra absurda, que ao final s&oacute; deixou destrui&ccedil;&atilde;o e morte. Conheceu a seca, a fome e a mis&eacute;ria dos povos da &Aacute;frica e do povo nordestino. Viu sorrisos de crian&ccedil;as brincando as margens do &ldquo;Velho Chico&rdquo; e l&aacute;grimas nos olhos do barranqueiro ao ver o leito do rio quase seco. Visitou lugares que marcaram a historia, como: Torres G&ecirc;meas, Pir&acirc;mides do Egito, Partenon de Atenas, Torre Eiffel, Taj Mahal, a ponte sobre o Rio Kwai-Ai, Torre de Pisa, e tantos outros. Enfim, suas viagens foram grandes aulas de geografia, historia e, principalmente, uma aula de vida.</p> <p> <strong>As viagens, e os projetos sociais, do Z&eacute; do Pedal</strong></p> <p> - De bicicleta at&eacute; a Copa do Mundo (1981/1982) - Saindo do Rio de Janeiro, ele atravessou a Am&eacute;rica do Sul, Central e do Norte, voou at&eacute; a Inglaterra e foi pedalando pela Europa at&eacute; a Espanha. Minutos antes da chegada dos jogadores para a Copa de 1982, chegou de bicicleta em frente &agrave; concentra&ccedil;&atilde;o da sele&ccedil;&atilde;o brasileira. Este fato chamou a aten&ccedil;&atilde;o de jornalistas do mundo inteiro, fazendo-o ganhar notoriedade no Brasil. Foi neste momento que ele recebeu o apelido de Z&eacute; do Pedal.</p> <p> - Volta ao mundo de bicicleta (1983/1986) - Logo que retornou da Espanha, decidiu dar a volta ao mundo de bicicleta. Nesta viagem, divulgou uma campanha de Combate ao C&acirc;ncer nos 54 pa&iacute;ses pelos quais pedalou. O fim da aventura se deu no M&eacute;xico, onde novamente assistiu a uma copa do mundo de futebol.</p> <p> Jap&atilde;o em um veloc&iacute;pede (1985) - Durante a &ldquo;Volta ao Mundo&rdquo;, cruzou o Pa&iacute;s do Sol Nascente em um veloc&iacute;pede infantil, enquanto chamava a aten&ccedil;&atilde;o da m&iacute;dia para a condi&ccedil;&atilde;o das crian&ccedil;as na Eti&oacute;pia.</p> <p> - De Chu&iacute; a Bras&iacute;lia em um veloc&iacute;pede (1987) - Ap&oacute;s conhecer o mundo, Z&eacute; decidiu viajar pelo Brasil. Optou, novamente, pelo veloc&iacute;pede, ecruzou o Brasil para chamar a aten&ccedil;&atilde;o dos parlamentares constituintes para as condi&ccedil;&otilde;es sub-humanas das crian&ccedil;as do nordeste.</p> <p> - Am&eacute;rica do Sul em uma motocicleta (1996) - Em uma motocicleta, percorreu 8 pa&iacute;ses da Am&eacute;rica do Sul: Equador, Peru, Chile, Argentina,Uruguai, Brasil, Paraguai e Bol&iacute;via. A viagem foi uma comemora&ccedil;&atilde;o do seu vice-campeonato de motociclismo no Equador.</p> <p> - Pedalando no Velho Chico (2002) - Viajou por todo o Rio S&atilde;o Francisco, em um barco tipo pedalinho, de Tr&ecirc;s Marias (MG) at&eacute; o Pontal do Peba (AL). Nesta viagem, procurou chamar a aten&ccedil;&atilde;o do pa&iacute;s para a polui&ccedil;&atilde;o do Rio S&atilde;o Francisco.</p> <p> - Da Liberdade ao Cristo (2004/2005) - Saindo da est&aacute;tua da liberdade, em Nova Iorque, Z&eacute; tinha o objetivo de chegar ao Rio de Janeiro,percorrendo a costa litor&acirc;nea das Am&eacute;ricas em um barco a pedal. Nesta aventura, buscava alertar a comunidade internacional para a polui&ccedil;&atilde;o das &aacute;guas do planeta. Entretanto, na cidade de Dzilam de Bravo, no M&eacute;xico, 18 meses depois da partida, sua embarca&ccedil;&atilde;o sofreu danosirrepar&aacute;veis ao enfrentar o furac&atilde;o Rita, impedindo o t&eacute;rmino da viagem. Dos 23 mil quil&ocirc;metros programados, pedalou cerca de 10 mil.</p> <p> - Z&eacute; do Pedal 50 anos (2007) - Na comemora&ccedil;&atilde;o de seus 50 anos, construiu uma embarca&ccedil;&atilde;o a pedal feita com garrafas pet, um quadro debicicleta encontrado em um lix&atilde;o e algumas barras de a&ccedil;o. Com ela, realizou uma inusitada travessia da Ba&iacute;a de Guanabara, no Rio de Janeiro, para chamar a aten&ccedil;&atilde;o para a polui&ccedil;&atilde;o das &aacute;guas e a import&acirc;ncia do Protocolo de Kyoto.</p> <p> - Extreme World (2008/2010) - Em um kart a pedal, viajou da Fran&ccedil;a at&eacute; a &Aacute;frica do Sul. Nesta aventura, de cerca de 17 mil quil&ocirc;metros,divulgou uma campanha internacional de combate ao Glaucoma e &agrave; Catarata em pa&iacute;ses pobres.</p> <p> - Projeto atual: &ldquo;Extremas Fronteiras, Barreiras Extremas&rdquo; - Cruzada pela Acessibilidade &ndash; &Eacute; uma caminhada, de 10.700km, dando 150milh&otilde;es de passos, empurrando uma cadeira de rodas, saindo de Uiramut&atilde;, (RR) fronteira norte com a Venezuela, at&eacute; Chui (RS). Visitando 327 cidades de 20 estados, visando conscientizar o povo brasileiro sobre um dos principais problemas que afetam &agrave;s pessoas com defici&ecirc;ncia: as barreiras arquitet&ocirc;nicas.</p> <p> Contatos Z&eacute; do Pedal: 031-86003001</p>

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