Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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05/02/2014 07h54

Iepha dita normas para o carnaval em Ouro Preto e outras cidades hist?ricas

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<p> O bloco passava, o povo ca&iacute;a no samba, quando tr&ecirc;s mulheres, turistas, passaram da medida e quebraram uma cruz do s&eacute;culo 19, localizada na Ponte da Barra. A cena ocorreu no domingo de carnaval de 2012, maculando o conjunto cultural de Ouro Preto, cujo Centro Hist&oacute;rico &eacute; reconhecido como Patrim&ocirc;nio da Humanidade pela Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para a Educa&ccedil;&atilde;o, Ci&ecirc;ncia e Cultura (Unesco). Para evitar que epis&oacute;dios semelhantes voltem a ocorrer, o Instituto Estadual do Patrim&ocirc;nio Hist&oacute;rico e Art&iacute;stico (Iepha) lan&ccedil;ou, nessa ter&ccedil;a-feira, uma lista de orienta&ccedil;&otilde;es (veja abaixo) para antes, durante e depois da folia nas cidades mineiras, principalmente naquelas com igrejas, casario e monumentos de grande relev&acirc;ncia. Uma das provid&ecirc;ncias do Iepha foi pedir, h&aacute; meses, um plano de preven&ccedil;&atilde;o &agrave;s prefeituras, mas at&eacute; agora apenas a de Santa B&aacute;rbara encaminhou as informa&ccedil;&otilde;es. O trabalho foi feito em parceria com o Minist&eacute;rio P&uacute;blico de Minas Gerais, por meio da Coordenadoria das Promotorias de Defesa do Patrim&ocirc;nio Cultural e Tur&iacute;stico (CPPC).</p> <p> Segundo o presidente do Iepha, Fernando Cabral, devem prevalecer o bom senso e a conscientiza&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Os moradores s&atilde;o os melhores guardi&atilde;es do patrim&ocirc;nio ao longo do ano. &ldquo;Se respeitarmos os espa&ccedil;os uns dos outros, certamente evitaremos danos ao patrim&ocirc;nio cultural, sem nunca nos esquecermos de que quem toma conta da cidade s&atilde;o os seus moradores&rdquo;, diz Fernando. Al&eacute;m da prote&ccedil;&atilde;o aos bens culturais e seguran&ccedil;a dos foli&otilde;es, h&aacute; dicas valiosas para os organizadores das festividades, como n&uacute;mero adequado de banheiros qu&iacute;micos, a fim de evitar que as pessoas sujem espa&ccedil;os p&uacute;blicos, jardins e portas das resid&ecirc;ncias; para o com&eacute;rcio, em especial quanto a gambiarras na rede el&eacute;trica, botij&otilde;es de g&aacute;s, uso de querosene etc.; seu patrim&ocirc;nio deve ser protegido, enquanto os visitantes precisam respeitar a cidade que os recebe e preservar os monumentos&rdquo;, afirmou Fernando.</p> <p> De triste mem&oacute;ria, h&aacute; graves ocorr&ecirc;ncias durante eventos pr&eacute;-carnavalescos e nos dias de carnaval, como a morte de 15 pessoas, em 2008, devido a um trio el&eacute;trico desgovernado em Sabar&aacute;, na Regi&atilde;o Metropolitana de BH, e em Bandeira do Sul, no Sul de Minas, h&aacute; tr&ecirc;s anos, quando 16 pessoas morreram eletrocutadas depois que serpentinas metalizadas foram lan&ccedil;adas na rede el&eacute;trica por foli&otilde;es. &ldquo;&Eacute; fundamental que, depois da festa, as cidades fiquem limpas, sem faixas, cartazes, enfeites etc.</p> <p> <strong>PODER P&Uacute;BLICO</strong></p> <p> &nbsp;Para o diretor de Conserva&ccedil;&atilde;o e Restaura&ccedil;&atilde;o do Iepha, Renato C&eacute;sar Jos&eacute; de Souza, o n&uacute;mero de visitantes em busca de folia &eacute; maior do que normalmente se espera. Portanto, &eacute; essencial que cada munic&iacute;pio proteja seu patrim&ocirc;nio da melhor maneira poss&iacute;vel. &ldquo;Durante o carnaval, as pessoas querem apenas se divertir, sem se dar conta de que podem causar danos aos bens. A lista com 10 orienta&ccedil;&otilde;es &eacute; para que o poder p&uacute;blico municipal tome as provid&ecirc;ncias,&rdquo; diz Renato. As informa&ccedil;&otilde;es est&atilde;o dispon&iacute;veis no site www.iepha.mg.gov.br ou pelo telefone (31) 3235-2812.</p> <p> <strong>MANDAMENTOS DA FOLIA</strong></p> <p> 1) A instala&ccedil;&atilde;o de barracas, palcos, arquibancadas, caixas de som, tel&otilde;es e equipamentos em geral deve guardar dist&acirc;ncia dos bens culturais e da rede el&eacute;trica</p> <p> 2) O &oacute;rg&atilde;o de prote&ccedil;&atilde;o do patrim&ocirc;nio cultural deve ser previamente consultado antes da instala&ccedil;&atilde;o de equipamentos</p> <p> 3) Ap&oacute;s o carnaval, o local em que ocorrem as festividades deve retornar &agrave; situa&ccedil;&atilde;o original, com limpeza, retirada de faixas, cartazes, enfeites etc.</p> <p> 4) As prefeituras, Cemig e Corpo de Bombeiros devem fiscalizar as instala&ccedil;&otilde;es el&eacute;tricas e uso de materiais inflam&aacute;veis, como botij&otilde;es de g&aacute;s e fogos de artif&iacute;cio</p> <p> 5) O Corpo de Bombeiros deve aprovar o local em que se concentrar&atilde;o as atividades carnavalescas</p> <p> 6) A emiss&atilde;o de ru&iacute;dos deve estar de acordo com os n&iacute;veis e hor&aacute;rios considerados adequados e aceit&aacute;veis pela legisla&ccedil;&atilde;o</p> <p> 7) Dever&aacute; haver policiamento ostensivo, cont&iacute;nuo e permanente durante todo tempo das festividades</p> <p> 8) Dever&aacute; haver banheiros p&uacute;blicos suficientes, instalados em locais adequados e afastados das fachadas dos im&oacute;veis e monumentos culturais</p> <p> 9) As prefeituras dever&atilde;o orientar os trajetos dos trios el&eacute;tricos e carros aleg&oacute;ricos para que n&atilde;o provoquem danos ao patrim&ocirc;nio ou exponham a seguran&ccedil;a dos foli&otilde;es</p> <p> 10) As prefeituras devem advertir os foli&otilde;es para que n&atilde;o lancem ou acionem serpentinas, confetes, bal&otilde;es, foguetes, roj&otilde;es e outros adere&ccedil;os em dire&ccedil;&atilde;o &agrave; rede el&eacute;trica</p> <p> FONTE: IEPHA E MPMG/CPPC</p>

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