Bom Dia - O Diário do Médio Piracicaba

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03/02/2014 14h25

Especialista d? dicas para os pais ajudarem seus filhos no processo de mudan?a de escola

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<p> De volta &agrave;s aulas. Muitos alunos est&atilde;o ansiosos para rever os amigos, os professores e para conhecer os novos alunos. Esses &uacute;ltimos, por sua vez, vivem a ang&uacute;stia de imaginar como ser&aacute; o ano em uma nova escola. A mudan&ccedil;a &ndash; &agrave; primeira vista traum&aacute;tica &ndash; deve ser vista como um processo de adapta&ccedil;&atilde;o e receber total apoio dos pais.</p> <p> Os fatores que motivam a mudan&ccedil;a s&atilde;o os mais variados: troca de endere&ccedil;o, incompatibilidade da fam&iacute;lia com a proposta da escola, n&atilde;o adapta&ccedil;&atilde;o da crian&ccedil;a ao projeto escolar, entre outros. Segundo Anita Adas, pedagoga, mestre em educa&ccedil;&atilde;o escolar e coordenadora pedag&oacute;gica do &Eacute;tico Sistema de Ensino, da Saraiva, os pais sempre devem expor os reais motivos da escolha de uma nova escola. &ldquo;A mudan&ccedil;a pode ser vista de uma forma ben&eacute;fica, porque a vida &eacute; assim, nada &eacute; est&aacute;tico ou im&oacute;vel. Sejam verdadeiros e comuniquem os reais fatores que os levaram &agrave; decis&atilde;o&rdquo;, explica.</p> <p> No entanto, nem sempre as justificativas convencem os pequenos. Nesse caso, deve ficar claro que o poder de decis&atilde;o &eacute; dos pais, porque a crian&ccedil;a n&atilde;o tem condi&ccedil;&otilde;es de avaliar se uma escola &eacute; melhor ou n&atilde;o. &ldquo;Ela [crian&ccedil;a] pode externar um mal-estar e manifestar um sofrimento, mas se os pais estiverem seguros de que a decis&atilde;o foi a melhor, n&atilde;o devem ceder &agrave;s birras. Muito di&aacute;logo, muita escuta e amparo s&atilde;o importantes nesse momento. Levar a crian&ccedil;a ao novo ambiente, deixar que ela os veja abra&ccedil;ando os educadores e conversando com eles e at&eacute; frequentar a escola por alguns dias s&atilde;o dicas que costumam dar certo&rdquo;, orienta Anita.</p> <p> Aos pais cabe a percep&ccedil;&atilde;o de que na vida acontecem diversas situa&ccedil;&otilde;es de adapta&ccedil;&atilde;o, por isso, essa fase deve ser respeitada. &ldquo;Os filhos precisam perceber que os pais confiam nos educadores e no projeto da nova escola. As crian&ccedil;as comunicam-se e criam la&ccedil;os facilmente, basta observ&aacute;-las em uma pra&ccedil;a ou parque. Logo far&atilde;o novos amigos&rdquo;, acrescenta a pedagoga.</p> <p> Apesar de o sofrimento ser imensur&aacute;vel e variar de acordo com a faixa et&aacute;ria, os jovens tendem a sofrer mais. &Eacute; nessa fase que os adolescentes formam grupos, que s&atilde;o fundamentais na constru&ccedil;&atilde;o de sua identidade e autonomia. Nesse per&iacute;odo, acontece o fortalecimento dos la&ccedil;os com os amigos e, consequentemente, o rompimento das rela&ccedil;&otilde;es com os pais. &ldquo;Propor o afastamento do grupo pode parecer-lhes tr&aacute;gico, mas tamb&eacute;m nessas circunst&acirc;ncias s&atilde;o os pais os respons&aacute;veis pela decis&atilde;o e, caso decidam mudar os filhos adolescentes de escola, vale tamb&eacute;m o apoio. Pode-se propor uma reuni&atilde;o com os novos colegas da classe em casa para facilitar o entrosamento&rdquo;, sugere a educadora.</p> <p> Para Anita, o envolvimento dos educadores tamb&eacute;m &eacute; fundamental nessa fase delicada. &ldquo;Os professores t&ecirc;m como tarefa profissional ajudar no processo de adapta&ccedil;&atilde;o. &Eacute; preciso que algu&eacute;m da escola apresente o novo colega aos demais e conte sua hist&oacute;ria ao corpo docente. Atitudes como aproximar-se do novato, mostrar os diferentes ambientes da escola e colocar-se &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o para ajud&aacute;-lo em momentos de dificuldade s&atilde;o iniciativas que d&atilde;o resultado&rdquo;, recomenda.</p> <p> Mediante todos os esfor&ccedil;os, se o aluno ainda apresentar dificuldades em adaptar-se, a decis&atilde;o pode ser repensada. A pedagoga Anita Adas aponta dois caminhos: ou decide-se por uma nova mudan&ccedil;a, ou tenta-se, junto ao filho, encarar a frustra&ccedil;&atilde;o como processo de amadurecimento.</p> <p> <strong>Algumas dicas para uma mudan&ccedil;a menos traum&aacute;tica:</strong></p> <p> - Ficar ao lado (f&iacute;sica e emocionalmente) dos filhos diante do novo</p> <p> - Ser verdadeiro e comunicar os reais fatores que levaram &agrave; decis&atilde;o</p> <p> - Acompanhar os passos da mudan&ccedil;a</p> <p> - Encorajar os filhos diante dos primeiro temores</p> <p> - Conversar com os professores e solicitar uma comunica&ccedil;&atilde;o mais pr&oacute;xima</p> <p> - Perguntar sobre os desafios de cada dia</p> <p> - Ajudar nas primeiras tarefas, que podem parecer estranhas</p> <p> - No caso das crian&ccedil;as, propor um per&iacute;odo de adapta&ccedil;&atilde;o</p> <p> - Incentivar novas amizades</p> <p> - Promover uma &ldquo;noite do pijama&rdquo; em casa e convidar os novos amigos</p> <p> - N&atilde;o negligenciar as solicita&ccedil;&otilde;es da escola, mas cumpri-las para a crian&ccedil;a n&atilde;o ficar constrangida</p> <p> - Observar a cultura escolar e segui-la para a crian&ccedil;a n&atilde;o se sentir deslocada</p> <p> - Ficar sempre alerta: se os sinais de sofrimento n&atilde;o diminu&iacute;rem, procurar ajuda junto &agrave; escola</p>

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